Novas evidências científicas vêm se somar ao conhecimento acumulado que desmonta as teorias de que as vacinas podem estar ligadas ao aparecimento do autismo em crianças. Desta vez, a hipótese testada por pesquisadores da Universidade Columbia foi a de que a vacina MMR (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) levasse ao autismo através de complicações intestinais.
Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN
A teoria nasceu de uma observação, sem comprovação estatística, de que crianças que receberam a vacina MMR teriam um problema gastrointestinal e desenvolveriam o autismo. Para testar a hipótese, os cientistas estudaram crianças que apresentavam os sintomas intestinais e autismo e as compararam com crianças com os problemas intestinais, porém sem autismo.
Sem vírus
Os cientistas procuraram por sinais do vírus do sarampo nas paredes do intestino e não os encontraram. A análise estatística da seqüência temporal dos casos mostrou que não existe ligação entre a vacinação, problemas intestinais e autismo.
Essa pesquisa é importante porque, além de desmontar mais uma possível ligação entre autismo e vacinas, reforça a segurança da vacina contra o sarampo. Infelizmente por conta da divulgação dessas hipótese não comprovada, alguns pais evitam de vacinar seus filhos, e os países começam a ter de lidar com surtos de sarampo e outras doenças que podem ser prevenidas com a utilização de vacinas.
Não podemos deixar de lembrar que doenças como sarampo, caxumba e rubéola, se não fazem parte de nossa vida cotidiana, podem, se não evitadas, matar ou deixar seqüelas.