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15/09/2008
Estudo traz novas evidências de que vacinas não causam autismo

Novas evidências científicas vêm se somar ao conhecimento acumulado que desmonta as teorias de que as vacinas podem estar ligadas ao aparecimento do autismo em crianças. Desta vez, a hipótese testada por pesquisadores da Universidade Columbia foi a de que a vacina MMR (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) levasse ao autismo através de complicações intestinais.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN

A teoria nasceu de uma observação, sem comprovação estatística, de que crianças que receberam a vacina MMR teriam um problema gastrointestinal e desenvolveriam o autismo. Para testar a hipótese, os cientistas estudaram crianças que apresentavam os sintomas intestinais e autismo e as compararam com crianças com os problemas intestinais, porém sem autismo.

Sem vírus

Os cientistas procuraram por sinais do vírus do sarampo nas paredes do intestino e não os encontraram. A análise estatística da seqüência temporal dos casos mostrou que não existe ligação entre a vacinação, problemas intestinais e autismo.

Essa pesquisa é importante porque, além de desmontar mais uma possível ligação entre autismo e vacinas, reforça a segurança da vacina contra o sarampo. Infelizmente por conta da divulgação dessas hipótese não comprovada, alguns pais evitam de vacinar seus filhos, e os países começam a ter de lidar com surtos de sarampo e outras doenças que podem ser prevenidas com a utilização de vacinas.

Não podemos deixar de lembrar que doenças como sarampo, caxumba e rubéola, se não fazem parte de nossa vida cotidiana, podem, se não evitadas, matar ou deixar seqüelas.




G1