A prática regular de exercícios pode ajudar pessoas com diabetes tipo 2 não apenas a perder peso e melhorar o condicionamento físico, mas também a cortar os efeitos prejudiciais da gordura armazenada no fígado e em volta do órgão, segundo estudo da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
A esteatose hepática, ou fígado gorduroso, é uma doença que ocorre com alguma freqüência entre pessoas com sobrepeso ou obesas com diabetes tipo 2. Essa condição não só aumenta o risco de cirrose, insuficiência hepática, e câncer, como também atrapalha o metabolismo, alimenta inflamações e pode levar a altos níveis de lipídios, que prejudicam o coração.
Na pesquisa, os especialistas avaliaram 77 diabéticos que foram divididos em dois grupos – um passou seis meses praticando exercícios supervisionados, enquanto o outro ficou o mesmo período sem essa prática. Os exercícios consistiam em pedalar, correr em uma esteira, ou fazer uma caminhada com ritmo forte por 45 minutos, três vezes por semana, além de levantar pesos livremente durante 20 minutos.
Como esperado, houve significativa melhora no condicionamento físico e redução da gordura corporal do grupo ativo. Além disso, esses pacientes apresentaram 40% menos gordura no fígado do que a quantidade apresentada no início do estudo, enquanto os sedentários continuaram na mesma situação.
“Pessoas com diabetes tipo 2 têm uma razão adicional para serem ativas e se exercitarem, não apenas porque é bom para sua saúde geral, mas também porque os resultados de nosso estudo destacam um benefício chave de cortar a esteatose hepática, que complica sua doença e pode acelerar a doença cardíaca e a insuficiência hepática, disse o fisiologista Kerry Stewart, líder do estudo.