» Colunas » Saúde

15/03/2013
EUA investigam riscos ao pâncreas causados por remédios contra diabetes

15/03/2013 - 03h02
EUA investigam riscos ao pâncreas causados por remédios contra diabetes


A FDA (agência reguladora de medicamentos dos EUA) divulgou um comunicado nesta quinta (14) afirmando que investiga novas evidências de risco aumentado de pancreatite e outros problemas em pacientes que tomam remédios contra diabetes da classe dos análogos de incretina --hormônio produzido pelo sistema digestivo--, que inclui o Victoza, fabricado pela Novo Nordisk, e o Byetta, da Eli Lilly.

Pesquisadores retiraram amostras do pâncreas de pacientes com diabetes que haviam morrido por várias causas. Detalhes do estudo ainda não foram publicados, mas a FDA afirmou estar buscando mais informações.

O risco de pancreatite já havia sido divulgado pela agência, mas não o de lesões pré-cancerosas. Por enquanto, só existe uma investigação e não uma conclusão.

A agência afirma que os pacientes devem continuar a tomar os remédios normalmente até conversarem com seus médicos.

Esses remédios fazem parte de uma nova geração de drogas contra diabetes que imitam hormônios produzidos naturalmente pelo corpo para aumentar a produção de insulina após uma refeição. Pessoas com diabetes tipo 2 em geral não produzem insulina o suficiente para metabolizar carboidratos ou se tornam resistentes ao hormônio, que controla a taxa de açúcar no sangue.

O Victoza ganhou fama no Brasil após começar a ser indicado por médicos para perda de peso. Ainda não há estudos conclusivos sobre o efeito do remédio como emagrecedor.

Em 2011, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou um comunicado afirmando que o medicamento não era indicado como emagrecedor.

Remédio para diabetes não deve ser usado como emagrecedor, diz Anvisa

OUTRO LADO

A Novo Nordisk, fabricante do Victoza, afirmou, em nota, que a FDA não chegou a nenhuma conclusão sobre o potencial risco de segurança de nenhuma droga da classe das incretinas. "Estudos clínicos têm demonstrado a eficácia e segurança de Victoza para pessoas com diabetes tipo 2", diz o comunicado. A empresa afirma ainda que continuamente monitora o perfil de segurança do remédio.

A Eli Lilly, que produz o Byetta, afirma que a substância foi utilizada por mais de 2 milhões de pacientes em todo o mundo desde sua introdução ao mercado, em 2005, e tem um histórico "bem estabelecido" de segurança.

Segundo a nota enviada pela empresa, a maioria dos estudos não achou risco significativamente aumentado de pancreatite aguda em pacientes usando o Byetta em comparação com outros medicamentos de redução da glicose.

"É importante ressaltar que, independentemente do tratamento adotado, pacientes com diabetes tipo 2 são normalmente propensos a desenvolver pancreatite, em comparação com quem não possui a doença.", afirma a nota da Eli Lilly.


folhaonline

Leia outras matérias desta seção
 » Homem-Mulher biônicos deixa de ser ficção
 » Como um remédio me fez ficar viciada em sexo
 » Cocô e sua importância
 » CANNABIS MEDICINAL
 » Insulina semanal foi aprovada
 » Casamento entre primos
 » VELOCIDADE DO INTESTINO E SUA SAÚDE
 » O MAR NOS FAZ SENTIR BEM
 » COLÁGENO
 » POIS É LULA
 » VENTILADOR AJUDA ATÉ QUE PONTO ?
 » Tudo que é natural é bom mesmo?
 » Unhas
 » Diabetes - SUS medicamentos disponíveis
 » LIPEDEMIA
 » Ozempic x Jardiance - Comparação
 » IMUNIDADE MITOS E VERDADES
 » PORQUE O PÊNIS HUMANO NÃO TEM OSSO ?
 » IDOSO A HORA DE PARAR DE DIRIGIR
 » Diabetes cuidado com os golpes


Voltar