20/07/2009Diabetes e hepatitesDiabetes e Hepatites
13/7/2009 - Diabetes
hepatite – doença transmitida por vírus por meio do contato com o sangue contaminado de outra pessoa – pode vir a ser uma dor de cabeça a mais para o portador de diabetes se ele não estiver com sua glicemia bem controlada, alerta o endocrinologista Márcio Krakauer, presidente da Associação de Diabetes do ABC (Adiabc).
O tratamento para a hepatite utiliza corticóides e medicamentos moduladores de imunidade que têm, entre seus efeitos, a característica de aumentar a glicemia. Em diabéticos que estão com a glicemia alterada, o problema tende, portanto, a aumentar. Além disso, a resposta ao tratamento contra a hepatite fica dificultada, explica Krakauer.
Os medicamentos utilizados no tratamento podem atuar no surgimento do diabetes tipo 2 em pessoas que têm predisposição genética para a doença, informa o endocrinologista. E diabéticos tipo 2 que já tenham infiltração de gordura no fígado em função de triglicérides alto podem ter seu quadro de hepatite piorado, com possibilidade de evolução para cirrose.
Alguns tipos de hepatite já dispõem de vacina, como é o caso da hepatite B. Outras, como a hepatite C, ainda não podem ser prevenidas com vacina. A cura da doença ocorre em grande parte dos casos, mas há uma porcentagem que pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado. Quando o tratamento é bem-sucedido, a pessoa ainda assim terá de tomar uma série de cuidados porque ela fica mais predisposta a desenvolver outras doenças hepáticas.
O melhor, aconselha o médico, é cuidar para não se expor ao sangue contaminado de outras pessoas, evitando o compartilhamento de agulhas, por exemplo, ou a prática de sexo sem a proteção de uma camisinha. Para o diabético que tem hepatite, o médico aconselha ainda um controle maior da glicemia, com maior número de testes de glicemia ao dia e toda atenção à dose de medicamentos e à alimentação.
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