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15/08/2007
Vacina de DNA contra esclerose passa por 1° teste

Após injeção, pacientes de doença degenerativa tiveram melhora.

O primeiro teste em seres humanos de uma vacina baseada em DNA para combater a esclerose múltipla foi considerado um sucesso por médicos americanos.

A vacina funciona refreando a ação do sistema imunológico, que se torna hiperativo nas pessoas que tem a doença. Um pequeno grupo de células imunológicas começa a atacar o revestimentos de mielina que envolve o sistema nervoso central. Essa cobertura ajuda a garantir que os sinais enviados ao longo dos nervos viajem rapidamente. 

Os médicos chefiados por Amit Bar-Or do Instituto de Neurologia de Montreal, no Canadá, desenvolveram uma vacina que contém filamentos de DNA produtores de mielina. No estudo, 30 pacientes receberam injeção nos músculos. 

O objetivo principal foi testar a segurança da vacina, a primeira a ser administrada em seres humanos para tratar uma doença auto-imune como a esclerose múltipla. Os efeitos colaterais tiveram duração breve e foram considerados moderados, segundo relatório publicado na revista especializada Archives of Neurology

Contagem de Lesões  

Entre outras verificações, os pacientes foram submetidos a escaneamento do cérebro por ressonância magnética para examinar os danos causados pela doença. Á medida que a esclerose se múltipla progride, produza lesões que podem ser contadas e dimensionadas. No experimento, os pesquisadores viram o número de lesões cair até 64%. O tamanho das lesões também diminuiu, até 83%. 

Os pesquisadores ficaram empolgados, mais pediram cautela. "Demonstramos nesse primeiro este o método é seguro e bem tolerado", escreveram. A equipe de pesquisadores começou agora uma experiência de maiores proporções: 12 meses de duração e 290 pacientes envolvidos. 

A esclerose múltipla é uma doença degenerativa que atinge de 10 a 80 de cada 100 mil habitantes, dependendo da região do planeta. 

Mesma tática no Brasil, mais para tuberculose 

Uma vacina de DNA para combater a tuberculose está sendo desenvolvida no Brasil. Até o momento, não existe prevenção eficaz contra a doença, que mata 2 milhões de pessoas a cada ano no mundo.

A vacina teria capacidade de prevenir e até curar a tuberculose. Resultados positivos foram obtidos com ratos. O estudo é do pesquisador Célio da Silva, da USP, e foi publicado na revista Nature.

Vacinas gênicas são produzidas com um pedaço do DNA do agente causador da doença, manipulado em laboratório. Criam condições para que as células da pessoa combatam a doença e são mais seguradas que vacinas tradicionais.


O Estado de São Paulo

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