Tenho uma de carne e estou com problemas sérios com a carne que adquiro dos frigoríficos. As carnes do período de estiagem são todas provenientes de gado confinado, alimentado com fubás, silagem, cana, polpa cítrica, cama de frango, caroço de algodão, etc. Acho que este tipo de alimentação deixa um gosto muito ruim na carne, pelo u gosto muito ruim na carne, parecido com gosto de fígado. Fica difícil comer esta carne, pelo seu gosto. Gostaria de saber qual é o alimento que causa este gosto estranho. Muitos clientes não percebem o problema, mas a maioria reclama e pede para trocar a mercadoria, quando não deixa de comprar no meu estabelecimento. Já me disseram que é por causa do caroço de algodão. Será isso? É preciso tomar uma providência, já que isso acontece há muitos anos na estiagem, quando o gado é terminado em confinamentos.


O diretor-técnico da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Dante Pazzanese, diz que tem se preocupado muito com o problema. "Infelizmente, faltam pesquisas na área, embora tenhamos contratado uma pesquisa e estejamos planejando outras", diz o diretor. "Temos tentando estimular os experts na área a conduzir outras pesquisas que achamos relevantes". Ele acredita que, no momento, o problema venha ocorrendo em função de alguns erros de certos confinamentos, como uso de caroço de algodão rancificado (do ano-safra anterior); excesso de caroço de algodão na dieta; dietas com caroço e alto volumoso ou que contêm alguns produtos que reduzem a biohidrogenação das gorduras do caroço de algodão no rúmen. Ainda segundo ele, a Assocon já dispõe de experimentos conduzidos, comprovado o problema com o uso de algodão rancificado e excesso de caroço de algodão na dieta. "O item seguinte, dietas com caroço e alto volumoso ou que contêm alguns produtos que reduzem a biohidrogenação das gorduras do caroço de algodão no rúmen, nos parece uma questão lógica, mas ainda não comprovada", continua. Além disso, é importante frisar que o uso de carne de frango na alimentação de bovinos é proibido por lei. Mais informações, Assocon, www.assocon.com.br.