O papel previamente insuspeito da proteína contribui para a deterioração do músculo cardíaco nos pacientes com a doença

Cardiologistas da UT Southwestern Medical Center descobriram como a proteína FoxO1 contribui para a deterioração do músculo cardíaco em pacientes com diabetes, apontando caminhos para reverter os danos causados por esta proteína.

A nova pesquisa, publicada na Journal of Clinical Investigation, foi realizada no laboratório de Joseph Hill, diretor do Harry S. Moss Heart Center da UT Southwestern, na cidade de Dallas (Texas).

Os pesquisadores conseguiram manter a função cardíaca em camundongos expostos a uma dieta rica em gordura desativando a FoxO1. Pesquisas anteriores do laboratório de Hill demonstraram que as proteínas FOXO, uma classe de proteínas que regulam a expressão do gene e que regulam o tamanho da célula, a viabilidade e o metabolismo, são rigidamente ligadas ao desenvolvimento de doença cardíaca nos ratos com diabetes tipo 2.

"Se você eliminar a FoxO1, o coração fica protegido do estresse do diabetes e continua a funcionar normalmente. Se pudermos prevenir a FoxO1 de ser hiperativa, então há uma chance de que possamos proteger o coração dos pacientes com diabetes, o seria um avanço significativo. Estes são resultados fundamentais da pesquisa podem ser aplicados no local aonde se encontra o paciente", disse Hill, autor sênior do estudo que também atua como chefe de cardiologia no centro médico.

A doença cardiovascular é a principal causa de morte em pacientes com diabetes, afetando mais de 180 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo a Associação Americana do Coração. O diabetes coloca pressão adicional sobre o coração, além da provocada por fatores de risco como a pressão arterial elevada ou pela doença arterial coronariana. A glicose elevada e do estado de resistência à insulina diabético são ambos tóxicos para o coração", afirmou o pesquisador.