20/11/2009Teste de glicemiaNoticias
Entrevista com a endocrinologista Geísa Campos de Macedo, da UPE
20/11/2009 - Diabetes
Fazer o teste de glicemia para saber se tudo está sob controle é um procedimento simples, mas que requer alguns cuidados. A melhor forma de realizar o teste de glicemia, para obter um resultado confiável, é retirar o sangue da ponta do dedo. Outra região da mão pode apresentar dados menos confiáveis e induzir a providências equivocadas. A informação é da endocrinologista Geísa Campos de Macedo, do Hospital Agamenon Magalhães, ligado à Universidade do Estado de Pernambuco (UPE).
"O correto para se obter um resultado confiável no teste de glicemia é retirar o sangue da ponta do dedo" garante a especialista. Há quem pique a palma da mão para fazer esse teste, mas esse procedimento não é aconselhável, principalmente se houver suspeita de hipoglicemia, porque há uma diferença de cerca de 30 minutos entre o resultado apresentado na ponta do dedo e na palma da mão, ou seja, na palma da mão a hipo só será percebida cerca de meia hora mais tarde. Assim, se a pessoa estiver com hipoglicemia, o sangue na palma da mão poderá não apresentar ainda um resultado compatível com essa suspeita.
Geísa conta ainda que alguns pacientes comparam os resultados apresentados pelo exame feito em laboratório, que mede a glicemia plasmática, e o resultado lido no glicosímetro, que é feito com sangue capilar, e ficam confusos quanto à confiança que podem ter no exame feito em casa. Esses resultados sempre são diferentes: a glicemia capilar é de 10% a 15% maior que a glicemia plasmática.
A endocrinologista aconselha seguir alguns procedimentos simples antes de se fazer o teste para garantir melhor resultado. O local da picada deve ser lavado previamente com água e sabonete, tendo-se o cuidado de enxaguar bem para não sobrarem resíduos. Depois, é preciso assegurar-se de secar bem a região. Não se deve fazer a limpeza com álcool, porque ele interfere com as substâncias químicas presentes na fita de teste.
"Cada glicosímetro especifica a quantidade de sangue necessária e essa quantidade, independentemente da variação entre os aparelhos, nunca é grande. Ela deve ter o volume suficiente para ser totalmente absorvida pela fita, sem excessos que vazem ou melem a tira" conclui a endocrinologista.
Fonte : " Diabetes Nós Cuidamos "
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