Segundo Ministério da Saúde, 70% das cirurgias de retirada de membros têm como causa o diabetes mal controlado
Pesquisa feita pelo site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) mostra que a maioria dos pacientes com diabetes não têm os pés avaliados durante consulta médica. De acordo com os dados, esse número chegou a 59.8%. O levantamento mostrou ainda que 8.4% das pessoas têm seus pés examinados a cada 6 meses, 9.2% ocasionalmente, 15.4% em toda a consulta e 7.1% apenas uma vez por ano.
Segundo o Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado: são 55 mil amputações anuais. A possibilidade de os diabéticos sofrerem uma amputação é 15 vezes maior do que na população de não-diabéticos. Em alguns estudos, verificou-se que até 47% das úlceras responsáveis pela internação dos diabéticos eram previamente desconhecidas dos seus médicos de atenção primária.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano de 2024 a população mundial de diabéticos chegará a mais de 350 milhões de pessoas. Esta estatística assustadora faz com que entidades de todo o mundo percebam a importância de estabelecer metas para o tratamento da doença, como também para o esclarecimento da população sobre as formas de prevenção e diagnóstico.
Em todo o mundo, o número de adultos com a doença passou de 153 milhões, em 1980, para 347 milhões, em 2008, segundo o estudo. A maioria vive na China e na Índia. O tipo 2 da doença é o mais comum, consiste no aumento anormal de glicose (açúcar) no sangue.
No Brasil, estima-se que 5,8% da população a partir dos 18 anos têm diabetes tipo 2, o equivalente a 7,6 milhões de pessoas, conforme dados do Ministério da Saúde.