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04/08/2010
Exercício físico para diabéticos

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Diabéticos tipo 1 e 2 estão liberados para fazer exercício; mas especialistas alertam que é preciso ter acompanhamento
3/8/2010 - Abril

Mais do que um luxo ou simples preocupação com a estética, praticar exercícios físicos é uma obrigatoriedade para os portadores de diabetes.

“A atividade física melhora as condições de tolerância à glicose, contribui para redução de peso e eleva a auto-estima", afirma o cardiologista Cláudio Baptista, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

Além disso, a prática é essencial para a diminuição do risco de problemas cardiovasculares e a aterosclerose, uma doença degenerativa nas artérias que causa obstruções e pode levar ao enfarto ou derrame.

Batista afirma que, muito embora todos os portadores de diabetes possam se exercitar, é preciso estudar caso a caso, para então determinar qual a melhor modalidade e esforço máximo ao qual o diabético poderá se submeter. “Cada indivíduo é um caso único, que precisa ser avaliado clinicamente antes da liberação”, declara.

Confira quais são as principais recomendações para portadores do tipo 1 e 2 que praticam atividade física.

Tipo 1
“O exercício para ambos os tipos é preventivo, porque melhora as condições da tolerância da glicose, além de controlar o risco de doenças do coração, diretamente atreladas à diabetes”, afirma Batista.

Após passar por avaliações médicas, com destaque para a cardiológica, o portador do tipo 1, em geral jovens e adolescentes, poderá ser liberado para iniciar as atividade físicas. O importante é o planejamento do treino e controle da taxa de glicemia.

De acordo com a taxa, será necessário fazer aporte de açúcar após os exercícios. Também é preciso observar o horário de aplicação das injeções com o momento prática de atividades. “Esse cuidado irá variar de acordo com o historio de cada portador”, declara o especialista.

Hidratação adequada e cuidados com os pés também são primordiais. Segundo Batista, o atrito durante a atividade física pode provocar pequenas lesões nas artérias periféricas e, no caso do diabético, pode se tornar um quadro grave.

A freqüência dos exercícios deve ser de três a cinco vezes por semana e pode incluir desde natação, ciclismo e caminhadas, até esportes de maior resistência e competições moderadas.

“Sugerimos apenas que atividades radicais ou longe do perímetro urbano sejam evitadas, para que, no caso de complicações, o diabético possa ser assistido”.

Batista reforça ainda a importância de tomar as injeções longe dos músculos que serão trabalhados, para que não haja mobilização negativa da insulina. “Se vai exercitar o abdômen, aplique a injeção no braço ou perna”, orienta.

Tipo 2
Típica dos adultos e terceira idade, esses diabéticos também precisam – obrigatoriamente – passar por avaliações médicas, incluindo o teste ergométrico. Isso porque muitas das reações provocadas pela doença, como alteração do colesterol e hipertensão podem ser assintomáticos. De maneira geral, esses pacientes tomam medicamentos via oral que são mais simples de administrar.

As atividades inicias podem ser ciclismo de lazer, natação livre e outros esportes de maior intensidade. “Quem irá determinar os limites é o médico”, afirma Batista.

Para os portadores do tipo dois, Batista afirma que é preciso ficar de olho nas taxas de glicose no sangue. Veja a tabela sugerida pelo cardiologista.

Índices
250 ou 280 – quando a glicose apresentar essa taxa o ideal é suspender a atividade física do dia.
150 a 180 – sugere-se não praticar exercícios em jejum. Uma barra de cereais ou uma banana podem ser suficiente.
Menos de 100 – antes de começar a malhar, certifique-se que irá comer algo doce, como um chocolate.




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