Noticias
Diabéticos devem ficar atentos :
24/11/2011 - Fonte: Diabetes
Infarto e problemas cardíacos em geral podem causar uma série de desconfortos físicos e sintomas que, se forem previamente conhecidos, podem tornar mais rápida a busca por atendimento médico. Muitas vezes, ser socorrido rapidamente pode significar a diferença entre vida e morte para uma pessoa.
Segundo o cardiologista Aloyzio Achutti, assessor do Ministério da Saúde, o principal sintoma apresentado por quem está tendo um ataque cardíaco é a dor no peito. Essa dor aparece geralmente na região do osso esterno - situado no tórax - e é intensa e difusa. "Ela não é uma dor pontual e costuma ser mostrada pelo paciente com a mão espalmada sobre a região", explica Achutti. Dores pontuais, que podem ser mostradas com a ponta do dedo, que são sentidas nos lados do tórax ou que aparecem apenas com a movimentação dos braços podem ser de origem muscular, nervosa ou respiratória, mas não cardíaca.
O cardiologista enumera ainda outros sintomas que podem surgir com o infarto, como a irradiação da dor para outras regiões como o braço, principalmente o esquerdo, as costas ou a mandíbula. Também podem ocorrer náuseas e vômitos e, ainda, sensação de desmaio. Na dúvida, é melhor procurar um médico.
Como consequência de um infarto a pessoa pode ter insuficiência cardíaca ou alterações do ritmo do coração, o que pode se manifestar por inchaço, tosse ou falta de ar. "O coração não atende mais a demanda, não bombeia o sangue corretamente, o organismo retém água, ou pode parar,", ensina o especialista.
Achutti lembra que diabéticos que apresentam complicações precisam estar ainda mais atentos. Aqueles que desenvolveram neuropatia autonômica podem não sentir a dor provocada por um infarto e confundir a sensação de desmaio com uma crise de hipoglicemia. "Diabéticos com neuropatia, que já apresentam maior risco para doenças cardíacas, devem buscar atendimento médico na presença de eventuais sintomas e precisam fazer acompanhamento constante da saúde de seu coração", adverte o cardiologista.
Outro quadro que merece maior atenção é o de pessoas que sofrem de angina. A angina pode ser comparada a uma câimbra que acomete o músculo cardíaco, mas que não provoca necrose e, portanto, não constitui infarto. A pessoa tem a sensação de um aperto no coração, mas quando o equilíbrio dos batimentos é restabelecido essa sensação desaparece. A angina é, entretanto, sinal de que a pessoa tem doença cardíaca e está mais sujeita a riscos e, por isso, seus portadores precisam estar sempre atentos à presença de eventuais sintomas de maior complicação.
Achutti enfatiza que todos esses sintomas referem-se à fase avançada da doença das artérias do coração, quando os resultados do tratamento ficam bem limitados. "O melhor mesmo é conhecer o seu próprio risco de adoecer: problemas cardíacos na família antes dos 55 anos, diabetes, alterações nas gorduras do sangue e pressão alta", enumera o médico, acrescentando que as melhores medidas preventivas, principalmente para quem tiver risco aumentado, são: não fumar, manter boa atividade física, evitar a obesidade e o estresse.
Fonte : Diabetes Nós Cuidamos