Os peixes-zebra, também conhecidos no Brasil como paulistinhas ou bandeira paulista, possuem uma rara capacidade de regenerar as suas retinas quando elas estão danificadas. Ao estudar esta capacidade, pesquisadores britânicos descobriram que podem tentar aplicar células-tronco que existem tanto no olho dos peixes quanto no de mamíferos para desenvolver um tratamento contra a cegueira.
Cientistas da Universidade de Londres (UCL) afirmaram nesta quarta-feira ter desenvolvido estas células tronco em laboratório. De acordo com eles, a intenção é verificar se elas podem ser injetadas em olhos humanos para tratar doenças oftálmicas.
Problemas na retina – a parte do olho que envia mensagens ao cérebro – costumam ser os responsáveis por graves doenças no olhos, como glaucoma, degeneração macular e cegueira associada a diabetes. Além de tratar estes males, a esperança dos pesquisadores britânicos é poder, dentro de cinco anos, utilizar as células-tronco para curar a cegueira.
Segundo, Astrid Limb, uma das participantes do estudo, as células dos peixes já foram testadas em ratos. Uma vez nos animais, elas tomaram a forma das células de suas retinas e desenvolveram-se com sucesso. No próximo passo da pesquisa, os cientistas esperam realizar testes semelhantes em humanos.