Os pesquisadores analisaram os padrões alimentares de 37 mil adolescentes e adultos do sexo feminino, incluindo a ingestão diária de leite e derivados. De acordo com os cientistas, mulheres que tomavam mais leite quando adultas e consumiam mais derivados quando adolescentes (cerca de quatro porções por dia) tinham menor risco de desenvolver diabetes tipo 2 do que aquelas que não mantinham o hábito.
Os resultados mostraram que consumir leite e derivados diariamente está associado a um risco 43% mais baixo de desenvolver esse tipo de diabetes. Além disso, adolescentes que costumavam consumir leite e derivados tinham mais chances de manter o hábito saudável quando adultos e ganhar menos peso ao longo do tempo. A diferença média entre os que ingeriam ou não o alimento foi de quatro quilos. A descoberta também tem relação com o diabetes, uma vez que o excesso de peso aumenta as chances de ter a doença.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que 246 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras do diabetes. No Brasil, aproximadamente 5,8% da população acima dos 18 anos apresenta a doença.
Inatividade aumenta riscos de desenvolver diabetes tipo 2
Outro estudo, publicado no Medicine & Science in Sports & Exercise, revelou que cessar ou reduzir atividades físicas regulares prejudica o controle glicêmico (controle dos níveis de açúcar no sangue), o que sugere que a inatividade pode desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de diabetes tipo 2. A análise foi liderada pela University of Missouri, nos Estados Unidos.
A experiência monitorou os níveis dos picos de glicose após as refeições de 12 jovens, com idade média de 30 anos, fisicamente ativos e saudáveis. Os participantes reduziram, então, a prática de exercícios em 50% durante três dias e não alteraram os hábitos alimentares.
Os indicadores dos níveis de glicose no sangue apontaram um aumento significativo de 37% trinta minutos após as refeições, 97% após 60 minutos e 33% após 90 minutos. Os picos de glicose depois das refeições são um dos fatores de risco de diabetes tipo 2 e de doenças cardiovasculares.
Segundo os pesquisadores, agora há evidências de que as atividades físicas cumprem um papel importante na manutenção dos níveis de glicose. Mesmo em curto prazo, reduzir a prática de exercícios diária ou cessá-la por completo pode
provocar alterações agudas associadas ao diabetes, que pode surgir antes mesmo do ganho de peso ou da obesidade.