A glândula da tireoide é uma das responsáveis pelo nosso humor, pela ansiedade e pelo funcionamento dos órgãos vitais do corpo humano. Sua ação é importante porque concentra e libera dois hormônios, o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina), essenciais para a regulagem do metabolismo e o desempenho do coração, cérebro, fígado e rins. Mas algumas disfunções nessa glândula podem ter como consequência a depressão, problemas cardíacos, o aumento e até a perda de peso, dependendo de qual o problema hormonal ocasionar a disfunção.
De acordo com a endocrinologista e metabologista Dra. Carolina Mantelli Borges, os problemas na tireoide são de princípio hormonal e podem ser classificados de duas maneiras.
“O hipotireoidismo e hipertireoidismo são as doenças mais comuns decorrentes da tireoide e os sintomas podem passar despercebidos, por isso é importante aprender a diferenciar as duas disfunções para o controle e tratamento”, afirma a médica.
Segundo dados levantados recentemente pelo IBGE, cerca de 15% das mulheres adultas sofrem o hipotireoidismo. Para a doutora Carolina Mantelli, é provável que o sexo feminino tenha problemas dez vezes mais com a doença do que o sexo masculino.
“A disfunção chamada de hipotireoidismo é responsável por desacelerar o metabolismo, afetando o raciocínio, a memória, por conta da baixa produção de hormônios pela glândula tireoide. As mulheres são as mais atingidas pela doença, principalmente depois dos 40 anos, mas isso não isenta as mulheres mais novas da disfunção hormonal”, informa a endocrinologista.
Entre os sintomas do hipotireoidismo estão à queda excessiva de cabelo, secura da pele, excesso de frio, fragilidade nas unhas e cansaço, depressão, aumento do volume da menstruação e dores nas articulações.
Quanto ao aumento de peso, a endocrinologista Carolina explica as consequências da menor produção de hormônios. “Com o metabolismo e a queima de gorduras mais lentas por conta da disfunção hormonal é possível que os pacientes apresentem aumento de peso sutil, mas o hipotireoidismo não está vinculado a obesidade. O que acontece são pequenos inchaços e uma média de 3kg a mais para pacientes com a doença”, diz a médica.
Já o hipertireoidismo, que também afeta mais mulheres do que homens, está ligado ao aceleramento do metabolismo.
“O hipertireoidismo também afeta mais as adultas, através da produção exagerada de hormônios e do comprometimento do funcionamento do corpo”, explica a endocrinologista e metabologista.
Os sintomas da doença são opostos ao hipotireoidismo; intolerância ao calor, insônia, aumento da transpiração e até a perda de peso, ausência de menstruação, irritabilidade e aceleração dos batimentos cardíacos.
De acordo com a endocrinologista Carolina os sintomas das doenças de tireoide podem ser confundidos, e por isso devem ser diagnosticados por médicos, para que haja a diferenciação e a indicação do tratamento correto.
“É simples descobrir qual disfunção hormonal na tireoide está afetando os pacientes, basta realizar um exame de sangue para detectar o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo e iniciar o tratamento de reposição hormonal”, afirma a doutora.
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