O culto a padrões de beleza exagerados e aos corpos esculturais de supermodelos leva adolescentes a correrem qualquer risco em busca das medidas ideais. Cerca de 10% a 20% das pessoas com diabetes desenvolvem a diabulimia, que une os malefícios do diabetes tipo 1 com a bulimia nervosa.
O paciente que sofre com a diabulimia diminui as doses de insulina ou deixa de tomar o hormônio para emagrecer. Os riscos dessa prática são diversos, pois sem a insulina não há controle da glicose no sangue. Em longo prazo, o paciente pode desenvolver cegueira, falha nos rins e impotência.
As principais causas da diabulimia são a baixa autoestima, distorção da imagem corporal e a obsessão por emagrecer. As pessoas que estão ao redor podem ajudar a detectar o problema quando percebem uma inexplicável perda de peso, comportamentos compulsivos, exercícios físicos excessivos, entre outros sintomas. Em caso de suspeita, um exame laboratorial pode apontar a ausência de insulina no sangue.
A diabulimia, assim como a bulimia e a anorexia, é um transtorno alimentar considerado doença crônica, ou seja, não tem cura. Como é um comportamento adquirido, é necessário muito investimento do paciente no sentido de se policiar – ter o controle de suas condutas – para evitar que as atitudes aconteçam novamente.
Apesar de não ter cura, a diabulimia pode ser controlada com a ajuda de profissionais. Portanto, se você se identifica com algum desses sintomas procure seu endocrinologista e fale abertamente sobre o problema. Ele poderá indicar um psicoterapeuta para ajuda nesse processo.