Quando uma vítima de ataque cardíaco ofega em busca de ar, as pessoas presentes costumam achar que não é necessário começar o procedimento de reanimação cardiorrespiratória. No entanto, um novo estudo relata que as pessoas ofegantes têm maiores chances de sobreviver – especialmente se receberem compressões no peito imediatamente.
Na edição de dezembro da publicação "Circulation", pesquisadores sustentam que as profissões da saúde precisam ser mais eficazes ao educar pessoas sobre o significado do ofegar. O estudo foi comandado por Bentley J. Bobrowof, da Clínica Mayo do Arizona.
Houve algumas discussões sobre a ocorrência do ofegar em ataques cardíacos e o que isso significa. Alguns espectadores conhecedores de técnicas de reanimação não as iniciam simplesmente por não associarem o ofegar das vítimas ao ataque cardíaco, diz o estudo.
Outros percebem o início de um ataque cardíaco, mas acham que o ofegar não significa a necessidade de se iniciar a massagem cardíaca naquele exato momento. Até mesmo funcionários de pronto-socorros cometem esses erros, afirma o estudo.
Porém, quando os pesquisadores examinaram 1.200 casos de paradas cardiorrespiratórias ocorridas fora de hospitais, eles descobriram que os pacientes estavam ofegantes cerca de um terço das vezes. E, à medida que os minutos passavam, o ofegar desaparecia, juntamente com as chances de salvar o paciente.
O estudo descobriu que, entre os pacientes que receberam o procedimento de reanimação, a taxa de sobrevivência foi de 39% para os ofegantes. Para quem não ofegou, foi de apenas 9%. Os ofegantes se saíram melhor que os outros, mesmo quando não houve aplicação do procedimento de reanimação.