Temos contado histórias de pessoas daqui de Caieiras como se só elas fossem merecedoras de nossa estima. Mas não. A pessoa cujo nome está sendo o título desta crônica é da cidade de Sorocaba e veio para cá para lecionar e por aqui ficou porque daqui gostou. Por cinqüenta anos aqui vivendo ele parece ser mais caieirense do que muitos outros. É um incentivador para outros comparecerem em reuniões cujos fins destinam-se às benfeitorias locais. Tendo sua educação familiar e escolar lá no passado, ele e sua família são adeptos aos bons costumes. Como professor, ao ministrar aulas em nossas escolas, bons exemplos de condutas transferiu para os seus alunos. Atento às nossas memórias constantes neste jornal, sobre a mais recente onde o Zinho (José Olimpio) está em destaque, o Professor Alcides já se manifestou ao escrever-me que, quando por aqui chegou, era o Zinho quem cuidava dos cortes de seus cabelos. Sobre as crônicas, as não regionais, às vezes discorda de algumas estando em seu direito. Como crítico ele é bom, mais ainda, para incentivar outras crônicas sobre as nossas histórias, pois, são do seu agrado. É consciente dos, quando existem, desagrados administrativos. Sei que ele é bom conselheiro. Influenciou bem o Luiz Carlos Coghetto para este pintar os cabelos e o rapaz, de fato, rejuvenesceu muito. Não o conhecendo pessoalmente solicitei-lhe uma fotografia pela internet e isso é comum (os mais tontos gostam), mas, ele deve ter pensado que eu seja afeminado. Respondeu-me assim: O senhor gosta de fotografia de macho? Peça uma pro Estanguelão. Fiquei sem saber como reagir. Depois pensei melhor e, lembrando de suas mensagens desprovidas daquelas trivialidades amadas por muitos dos navegadores da internet conclui que ele tinha razão em sua recusa sobre a fotografia. Não sei se ele pratica turismo pela região, mas, sei que pescava lá no Tancão. Talvez seu turismo agora seja mais pelas estradas floridas da reflexão. Noto isso em como se comporta em suas considerações. Ele parece ser simpatizante da discrição e se assim for, desculpe-nos por esta crônica, por favor.
Altino Olympio
Maravilhosa crônica e muito justa e oportuna a lembrança.
Eis ai uma pessoa que, se acaso ainda não tem, merece todos as honrarias municipais pelos relevantes serviços prestados para a sociedade caieirense, notóriamente na educação.
O Professor Alcides participou na educação de muitas pessoas, e felizmente faço parte dessa legião, que foram carinhosamente ensinados e conduzidos pelos caminhos do bem e da cidadania. Ele foi meu primeiro professor no primário. Homem de postura séria e enérgica mas acima de tudo preocupado com os destinos de cada um dos alunos que passaram pelos seus ensinamentos. Sempre reconheci e valorizei cada ato seu. Os seus ensinamentos me fizeram uma pessoa melhor e acima de tudo cidadã.Gostaria de pessoalmente falar ao Mestre que o Oswaldinho, como ele carinhosamente me chamava, o filho do motorista Odair Miranda que, muitas vezes o conduziu para a escola com naqueles carros da Cia Melhoramentos, cresceu, formou familia e é um cidadão do bem.Quero também expressar à ele com carinho, todo o meu agradecimento e reconhecimento por tudo aquilo que ele fez por mim, pela minha educação.
Junta-se a essa extraordinária pessoa, outros professores por quem igualmente tenho e guardo respeito, admiração e consideração: Dona Terezinha (Jardim da Infância), Dona Rotrauth, Dona Ivone, Dona Marina Bayerlen, Dona Marilia (Diretora).Apreciaria , se o Prof. Alcides quiser, contatar-me com ele, o que, me seria um grande prazer.
São José dos Campos
Abraços de
Oswaldo Correa Miranda
Prof.Alcides e espôsa são mais caieirensesque qualquer um de nós.
Tanto o Prof. Alcides como sua esposa Profª.Neide são mais caieirenses que qualquer um de nós.Tive aulas com os dois.Ela foi minha professora de 3º ano primário lá no "Otto Weiszflog" em 1.966.Ele foi meu professor em 1.967 do Curso de Admissão, aquele que nos preparava para o exame no final do primário para entrada no curso ginasial.Lembro-me deles com admiração.Foram dedicados, incansáveis , rígidos, cultos e acima de tudo generosos para com todos os alunos. Dominavam a classe, ensinavam com primor, coisa já tão rara hoje em dia.
As aulas de admissão foram dadas no porão do Salão Paroquial e na própria residência do casal , na Rua Dr.Armando Pinto, numa sala improvisada com lousa e uma mesa grande onde nós os alunos nos acomodávamos diariamente das 13 às 17 horas.Foram mestres na arte de ensinar. Foram doutores na função de instruir.Com ela além de instrução, recebi carinho, atenção e afeto coisa que só mãe sabe dar.Com ele aprendi o exercício da responsabilidade e do empenho para ingressar numa nova fase de ensino.Minha madrinha também os adorava e como como lavava roupas pra fora, encontrou neles também uma oportunidade de executar seu trabalho. Tinha por eles imensa gratidão por cumprirem tão bem a missão que ela já não se achava preparada a me oferecer.Travou-se assim nesta convivência diária um laço forte de amizade e neste ambiente amistoso e familiar encontrei além do ensinamento uma grande afetividade. Estudar então era estar no paraíso e jamais foi sacrifício. Era realização.
Entrar para o curso ginasial foi a glória! E o casal de professores teve grande participação nesta conquista. Mas tudo iria mudar. E mudou.A vida de todos nós tomou diferentes rumos. O afastamento pelas condições e opções de cada um foram inevitáveis.No entanto, na minha memória e no meu coração, guardo lembranças maravilhosas de momentos compartilhados com estes Mestres tão especiais.Fecho meu olhos por instantes e consigo ainda rever cenas vividas ao lado da Profª Neide e do Prof. Alcides. Que saudades daquele tempo!Aos Mestres, com carinho, minha eterna gratidão e respeito por tanta contribuição e dedicação aos estudantes de Caieiras e por terem participado com tanto empenho de uma fase tão marcante de nossas existências.
Fatima Chiati