Antigamente ao adentrarmos em Caieiras da Cia. Melhoramentos passávamos pelo Bairro ou Vila Barreiro. Sim, suas casas ficavam ladeando aquela ruazinha de chão batido. Com seus jardins e hortas, aquelas casas eram como se fossem uma moldura a enfeitar uma fotografia. Mas, passávamos por lá indiferentes ao existir de outra vila próxima que se chamava Barreirinho, pois, não nos era visível. Se lembro, o local com algumas casas cercadas pela mata, não tinham os mesmos confortos das casas do vizinho Barreiro. Quem se lembra? No meio da mata depois do Barreirinho existiu um local destinado ao “Tiro de Guerra”. Que vem a ser isso? Talvez por si mesmo o nome se explique. Foi um local para a prática do manuseio de armas para soldados. Ouviram-se poucos comentários sobre isso depois, quando tal atividade militar já há tempos havia sido encerrada. No entanto, essa lembrança quase esquecida lembra o nome do saudoso Antonio Nanni. Ele foi um dos “pracinhas” a ir para a Itália na época da segunda guerra mundial. Experiência esta, inusitada para os daqui habitantes desta cidade e daquela época. Voltou e reintegrou-se na Cia. Melhoramentos. Aos sábados e domingos trabalhou às noites naquele bem montado bar do salão de cinema durante as exibições de filmes e também quando lá havia os bons bailes, isso, antes do salão desaparecer num incêndio. Foi dono de pensão para os trabalhadores da indústria de papel e, antes ou depois foi “motoqueiro” amigo que era dos irmãos Vitorio, Alberto e Antonio Olimpio (Cambuquira), dados que eram a essa prática “moderna” de se locomover. A última vez a ver o Senhor Antonio Nanni foi num almoço no não mais restaurante do Osmil Ortega da Rua dos Coqueiros, onde com ele e a esposa conversei. Última notícia dele foi o saber que esteve trafegando de carro e na contramão numa rua desta cidadezinha em expansão. Depois disso logo ele veio a falecer. O “sol dado” a ele enquanto por muito tempo conosco por aqui viveu lhe foi muito merecido. E assim, como o Senhor Antonio Nanni, muitos desta região nos deixaram suas “marcas” na memória para termos agora como nos lembrar de nossas histórias.
Altino Olympio