Mais para quem é de um lugar pequeno como Caieiras, município do interior e vizinho do município de São Paulo vai este escrito. O lugar era peculiar no entrosamento amistoso entre seus moradores, pois, eram conhecidos entre si. O tempo passou e ele muito habitante levou. Gerações foram se sucedendo e as mais recentes cada vez mais se desconhecendo. Isso, também devido ao chamado progresso da tecnologia a fornecer produtos eletrônicos de entretenimento a mais manter em casa seus moradores, que, antes e na ausência deles, se ausentavam mais de suas casas para encontrar-se ou se reunir com conterrâneos. Hoje, uma dispersão entre conhecidos e parentes é sentida de entremeio com os desconhecidos que agora se avolumam nesta região. Cada vez mais diminuídos em quantidade, os remanescentes de outrora, na alegria do inesperado e esporádico encontro entre eles, a conversa sempre recai sobre as notícias de antigos amigos e conhecidos que faleceram. Não como antes, no mais das vezes essas notícias são tardias, motivo de nossa ausência em velório de amigos. Com a morte semanalmente se fazendo notícia, deve “passar pela cabeça” dos de mais idade se sua vez está próxima (risos). “Então é assim”, o mais tempo de vida nos leva a mais dar atenção àqueles que partem. Uma retrospectiva sobre o que conhecemos de suas vidas aparece em nossa mente. Eles nos deixam um vazio a nos dizer que cada vez mais estamos ficando sozinhos e sem eles sobramos neste mundo cada vez mais desatualizado com ele, parecendo mesmo já sermos impróprios para viver nele. E assim... Hoje dispondo de mais tempo muitos vivem em outros tempos, porque, para estes tempos não compensa perder tempo.