Genio , gênio , gênio ....mil vzs gênio e não teve nenhum “ GENIO “ na
CMSP prá perceber o potencial deste cara , aproveita-lo , encaminha-lo ,
adaptá-lo á outra função qualquer , um pouco melhor remunerado , ligado ao
Setor Transportes ou afins . Foram dar atenção ás suas roupas rôtas , ao seu
lado FASHION e DEMODÊ .
Tenho certeza que no céu , onde ele está com certeza , ele desenha ,
trabalha , ensina , dedica-se ao mettier ferroviário e vive contente e feliz.
Durante uns 2 anos , levei marmita prá ele na Ceramica ( eu vinha almoçar em
casa , na Fábrica ) que a Dna Rosa do Zé Berilo me pedia para faze-lo. Eu
chegava com a veloz Motriz e lá estava ele , faminto é espera da marmitinha
dele .
Para pensar :
Faz uns 6 meses , o pequeno Guilherme ( 8 anos ) filho do Claudinho Musa e
Mineira ( by Tone Musa e Juarez Tiroteio ), pediu-me uma foto do Maquináia .
Espantado , indiquei pedir á mãe do Adames Tadeu Lopes , Dna Elza , que foi
casada com o irmão dele . O pequeno falou-me = Já pedi , ela não tem .
Arruma para mim , vai ???
Será que a velha Ratazana Praieira não teria uma foto qualquer dele ???? O
pequeno Guilherme ficaria muito contente , porque ....não sei .
Putz , meu domingo aqui no mato está salvo . Vou imprimir a foto desenho da
“ 9 “ em A2 e pendurá-la em meu Atellier Rural.
Safena
Meus amigos:
Todos os comentários que a gente ouvia sobre o Orlando Loppes (com dois pês,
como ele assinava), ou o popular “Maquináia”, o descreviam de forma zocosa e
pejorativa.
Como todo gênio, era excêntrico.
Pouco ligava para seu aspecto, indumentária e conduta higiênica.
Sempre se o via com seu “ensebado bonezinho”, chinelinho sujo e engraxado,
barba por fazer, roupa super-usada, etc., etc..
Mas quem como eu, teve um contato diferente com ele, sabe de sua extrema
inteligência e habilidade.
Suas miniaturas e suas pinturas já são de conhecimento de todos.
Mas no meu caso foi interessante: eu o procurei para solicitar o desenho de
uma das locomotivas da Perus-Pirapora, da qual eu nunca tinha visto uma foto
sequer. Essa máquina tinha sido da Paulista e rodou pouco na Perus, tendo
sido encostada muito cedo.
Quando eu falei na Perus-Pirapora seus olhos brilharam...confessou-me depois
que essa ferrovia era sua paixão.
Disse-me que iria tentar fazer o desenho, mas que tinha visto a máquina
pouco e há muito tempo, uns 35 anos. Quase não se lembrava dela.
Depois de algum tempo voltei a seu “atelier” e ele me surpreendeu com o
desenho anexo.
Aí é que eu pude perceber o tamanho de sua memória...não falhou em um
detalhe sequer.
NdaC