“A Cadeira do Ditão”
No final dos anos 50, a diretoria do CRM decidiu construir um “Marcador de Placar” dos jogos de futebol.
O local escolhido foi no corner do “gol da Curva” no mesmo lado de onde ficava a famosa arquibancada. O local era mais elevado que o campo e podia ser observado de quase todos os locais ao redor.
Decidiu-se por uma construção simples, em madeira, com os pés enterrados na terra. Devido à necessidade de abrigar duas pessoas, foi feito um patamar para a devida “operação” do marcador.
Em função desses requisitos, o “artefato” ficou com um aspecto interessante, muito parecido com uma cadeira...
Nessa época, o transporte dos atletas do CRM era feito pelo caminhão Mercedes “cara-chata” pertencente ao Benedito Molinari, figura muito querida pelo pessoal do CRM, e logicamente um assíduo frequentador da Sede do CRM.
O “Ditão”, ou “Pote”, como era conhecido, era um cara de porte avantajado, um pouco obeso para os padrões daquela época, mas para os padrões de hoje seria até normal, pois hoje as pessoas são mais sedentárias e até garotos já são obesos.
O “Maquináia” o chamava carinhosamente (com um pouquinho de cinismo embutido) de “Ditinho”, e aí o Ditão realmente ficava de mau humor, retrucando com palavras não muito educadas...
Como naquela época nada passava “sem chumbo”, algum espírito de porco já tramava alguma malvadeza, e antes mesmo que o marcador fosse inaugurado, já lhe havia sido aplicado o apelido....”Cadeira do Ditão” !!
Em tempo: os “operadores titulares” do marcador éramos eu e o “Possante”, este também uma figura impar no folclore da Fábrica de Papel...
Uma pena não haver registro fotográfico do Marcador, pelo menos que eu saiba.