As medidas impostas ao vereador Nelson Urtado tiveram caráter puramente administrativo, como as que poderiam ter sido aplicadas a qualquer funcionário pela administração municipal, pelo não cumprimento das obrigações funcionais.
Essas explicações foram dadas pelo chefe de gabinete do prefeito Nelson Fiore, Walter Fonseca, segundo ele, Nelson Urtado simplesmente “não trabalhava”: “Esse funcionário já não vinha marcando seu ponto há muito tempo, além de receber o adicional Convocação sem cumprir o correspondente em trabalho”. Quanto ao fato de se ter cortado o livre acesso e trânsito do funcionário vereador no prédio da municipalidade, Walter Fonseca explicou que tais condições já seriam atípicas a qualquer funcionário, quanto mais a um vereador que tem um posicionamento tão contrário ao prefeito.
Urtado reage
“Como pode o Sr. Prefeito cobrar-me os cumprimentos de minhas atribuições, se ele próprio às retirou desde 1983?”, pergunta Urtado, reagindo às afirmações de Walter Fonseca. Ele, que pediu licença sem vencimentos por três meses de seu cargo na Prefeitura, fez questão ainda de frisar: “Limitar o trânsito de um funcionário é compreensível, mas encerrá-lo em uma “cela”, como se estivesse encarcerado, isso é demais. Principalmente quando tal medida tem a nítida conotação de perseguição política”.