Em novembro de 1990 casou-se uma “Olímpio”, a Eliane ou “Li”. A igreja repleta e a cerimônia atrasada, não porque a noiva não chegou, mas porque o Padre José com sua fina voz leu telegramas justificando ausências, um vindo do Japão não deu para ler. Findo o ato religioso a festança correu solta na sede do sindicato, até um brasão da família Olímpio penduraram como enfeite. Os discursos sucederam-se, sempre realçando e aumentando os feitos da família da cidade, como ter tornado habitável a Ilha das Cobras, por exemplo.
A Tata, irmã da noiva surpreendeu a todos, estava de namorado novo, aliás, na última ata da família, o nome que constava era outro. Presentes o Zinho e família, a Maria Helena e a Milena agrediram-me de graça, não sei como o Zinho agüenta as duas. Também considerei um desaforo o Edson Navarro ter me chamado de pentelho, só porque interrompi um diálogo de alto nível (estavam discutindo o sexo dos anjos). O cunhado da noiva, oficial militar com várias estrelas e alguns asteróides cuidou da segurança da festa, não deixou o Jaguaré, nem o Alcides beberem nenhuma.
Para finalizar, o pai da noiva, Goliardo, fez uma reunião de emergência com os amigos: Lourides, Tavinho, Rubens e Fumaça, tudo porque o “Fumaça” passou a mão onde não devia, num kibe quente e queimou os dedos. Ah! Não vamos esquecer da Ninha, a mãe da noiva, que se livrou de mais uma, a mais nova, mas nem tanto, porque vai morar bem pertinho, e sabem como é, mãe é mãe.
ALTINO OLÍMPIO