De acôrdo com a Folha de São Paulo, o governo Alkimin não gastou um centavo dos 65 milhões de reais previsto em orçamento, para assentamento de moradores que vivem em àreas de risco.
Não é a primeira vez que Franco da Rocha é destruída pelas àguas liberadas pela barragem Paiva Castro, da Sabesp.
Presume-se que como das outras vezes a Sabesp se limite a "sentir muito" e dizer que evitou uma tragédia igual a de Mariana em Minas Gerais.
Ora, ora Sabesp e Geraldinho, em Mariana o mundo caiu de pau na mineradora Samarco, só faltou o padre pedir indenização pelo curso de catecismo que ministrava no bairro dizimado.
A Samarco está sendo responsabilizada por tudo o que causou, merecidamente, por expor a população a risco de morte. Lá como aqui não se apura a responsabilidade de quem autorizou as construções e parcelamento do solo em local de altíssimo risco.
Mas e a Sabesp como é que fica nessa destruição ?. Não assume nada ? - não vai ressarcir parte dos prejuízos ? - cadê o plano de evacuação e sonorização de emergência ? - apenas "avisa" o prefeito e lava as mãos, espera que todas as pessoas que estão sob risco iminente , estarão assistindo TV ou ouvindo rádio ? ou talvez espere que alguma autoridade saia de porta em porta avisando ?.
Tal como a Samarco a Sabesp deve ser responsabilizada por seus atos, ou mais uma vez os prefeitos envolvidos vão aceitar a generosa ajuda de alguns milhares de reais que o Geraldinho prometeu ?.
Aqueles que foram atingidos pelo desastre devem procurar socorro na Justiça e solicitar indenização pelos danos, quem sabe o Ministério Público, defensor constitucional do povo, resolva colocar os pingos nos "is" e partir para a responsabilização daqueles que permitem tal situação se eternizar.
O interessante é que os políticos depois da tempestade ter passado começam a posar de "salvadores" quando parte da responsabilidade é deles, fazem reuniões, dão declarações lamuriosas, fazem cara de cachorro pidão, mas não entram no mérito, ou seja, porque não retiraram as pessoas das areas de risco, porque não procuram resolver o problema em vez esperar a próxima tragédia ?.
Melhor deixar a verba parada e engrossar o superhavit, quando acontecer de novo basta destinar uma parte ínfima e posar de bonzinho, herói, e as vidas perdidas como fica, bom, faz parte do show.
A próxima tragédia anunciada pode não ser pelas aguas, pode vir do lixão da Essencis em Caieiras. Lá se armazena resíduos extremamente tóxicos como lama de mercúrio, por exemplo. Também sem nenhum plano conhecido de proteção à população local. É só esperar.