Quando se criam conselhos a intenção é boa e faz parte da democracia, os rumos que tomam é que são elas. O recéns criados Conselhos das Cidades parece não fugir a essa regra, de um lado os representantes da sociedade civil e de outro os do poder público. Em tese a discussão dos interesses dos Municípios estariam seguros. Na prática o que se vê é a velha situação, os representantes públicos votam em bloco e os da sociedade civil em completa desunião, o resultado é óbvio, acaba prevalecendo a vontade dos políticos. Nas votações importantes e finais de determinado assunto, o bloco unido está sempre presente com todos os seus representantes, mesmo aqueles que raramente apareceram nas reuniões anteriores e as vezes nem sabem o que está sendo tratado, mas votam. O regulamento dos conselhos permite o expurgo daqueles faltosos, o difícil é aplicá-lo, as vaquinhas de presépio sempre existiram e não é agora ou num determinado colegiado que vão acabar, esperemos que as moscas antigas e novas sejam colocadas para fora. Concluindo, que ninguém proteste contra a ala chapa branca, só está lá porque foi colocada pelos políticos legitimamente eleitos e o interesse deles, como mostra a história, nem sempre ou nunca coincide com o do povo. Você tem dúvidas ? pense bem, tirando as poucas informações publicadas neste Jornal, o que você sabe das atividades do Conselho da sua Cidade ? - conhece alguma divulgação ? - participou ?- . Em 2012 continue votando em promessas, entre elas de transparência da administração pública, para que mudar?. No império romano já dizia Tácito: Quanto mais leis tem uma república, mais corrupta ela é.