Depois do Luiz l veio o dilúvio, como era previsto. Protestos, marchas a favor e contra, processos, cadeia e vai por aí afora.
A herança do Luiz I tem muitas vertentes, uma delas a incontestável é que de uma forma ou outra todos se locupletaram até o lambuzamento total. A fazenda pública arrecadou sem limites, as empresas faturaram como nunca e os bancos continuaram no paraíso verde amarelo.
E o povo? - teve casa financiada, geladeira, fogão, TV, micro ondas, filho na faculdade (de qualidade duvidosa) mas teve. Médicos cubanos e o céu na terra, ainda das sobras do Luiz l os cubanos ganharam um porto, o tal do Chaves e outros países "mui irmãos" esvaziaram nosso banco de investimento, etc. Era a glória, o sucesso da política burra interessava a todos.
Poucos como este velho economista, atreveram-se a escrever e alertar que a política econômica de crescer pelo incentivo desvairado ao consumo, nunca deu certo em lugar nenhum do mundo.
A resposta foi padronizada, " os fundamentos da economia são sólidos" quem será que inventou essa? - talvez o Mantega. Mas acho que não, só pode ter sido um marqueteiro energúmeno, o problema foi que encaixou como o côncavo e o convexo.
E todos se locupletando mais ou menos, mais quando conseguiam participar da roubalheira, menos quando conseguiam matricular o filho numa "facurdade inútil" ou comprar um liquidificador.
E a festa como era previsto acabou, voltou o mesmo Meireles mago da filosofia econômica chicaguense para colocar a casa em ordem, ao módico preço de milhões de desempregados, empresas fechadas, serviço público caótico (aqui não mudou nada sejamos justos).Salvaram-se do dilúvio os bancos, a santa sé e o terreiro do meu amigo Claudio ( aumentou a demanda de falidos querendo se recuperar).
E chegamos ao impasse com o Luiz I ou seja: vai para presidente ou para a cadeia ? - até para os conspícuos ministros do supremo tribunal está difícil decidir, talvez se muitos não tivessem sido indicados por ele tudo se tornasse mais fácil.
Se deixar para a maioria silenciosa decidir , aquela que prefere ter uma TV nova ao invés de séculos de demagogia política, promessas de um futuro melhor (aqui o povo não entende que o "futuro melhor" é para eles políticos.). Luiz l será o novo presidente.
Exercendo a futurologia (proibida para economistas desde que o Nelson Rodrigues disse que eles são superiores ao resto dos mortais porque falam o que ninguém entende) Luiz I virou uma pedra no sapato da nação Tupiniquim, mesmo indo para a cadeia pode virar presidente. Entenda quem quiser.
Edson Navarro - Economista do tempo que o Delfim Neto dava aula e não era suspeito de ter levado propina.