A matéria publicada pelo jornal "O Estado" mostra que a Cavo atual Essensys nunca teve intenção nenhuma de implantar o C.T.R. - Tratamento de Resíduos, como consta no projeto apresentado à CETESB, simplesmente construiu um aterro sanitário nos moldes do de Perus, tão igual que o forte cheiro já incomoda os bairros adjacentes e chega ao centro da Cidade, como o próprio engenheiro ambiental reconhece. Algumas perguntas ficam sem resposta, tais como: se a CETESB aprovou um projeto (IARIMA) de Tratamento Tecnológico de Resíduos, porque permite o despejo de 3000 toneladas diárias para serem aterradas, sem nenhum tratamento.
O loby feito pela Cavo na época com farta documentação, procurava convencer a população das vantagens do C.T.R. inclusive garantindo a ausência de odores, o que ocorre agora? Tão pouco o Ministério Público se manifesta e tem ficado omisso, fazendo ouvidos de mercador aos reclamos da população que deveria defender. Reclamar ao Prefeito Névio Dartora não tem nenhum resultado, já que foi de sua autoria a Lei autorizando a instalação do C.T.R., ou mais precisamente "Lixão da Cavo" como intitulou o povo "Vox Populi Vox Dei". Ninguém em sã consciência pode ser contra o tratamento adequado de lixo, é um problema mundial e as soluções difíceis e caras, entretanto, parece que a Cidade de Caieiras comprou gato por lebre, pelo menos até o momento. Mas tem um consolo, a queima de metano aqui, vai proporcionar o excesso em outros locais do mundo, e quem vai faturar com isso é a empresa que prometeu construir um tratamento de lixo de primeiro mundo, como aqui é terceiro, vamos continuar cheirando perfume francês, oriundo do lixão.
Aterro Promissor - Chaminé em Caieiras (SP): queima de metano aqui favorece emissões na Europa ; Foto: Filipe Araújo/AE