Caieiras, outrora chamada de “princesinha da região”, conhecida pela qualidade de vida que proporciona aos seus habitantes, corre o risco de ter um futuro bastante diferente.
Depois do “CTR” da CAVO recém aprovado em Caieiras, nossa Cidade corre um novo risco, o aterro da Escolar, subsidiária da VEJA que pleiteia, junto a Secretaria do estado do Meio Ambiente, a área da “Fazenda Ponte Seca” com 1.100.000 m² no bairro de Perus nos limites de Caieiras, ameaçando os bairros de Vila Rosina, Vila Caiuba, Sítio Aparecida e Nova Caieiras.
Desta vez, além de não termos o benefício questionável dos impostos para os cofres de nosso município, teremos todos os malefícios deste tipo de empreendimento, haja vista que ficará a cerca de 1km de Caieiras. Porém a maior ameaça é que o tipo de solo, a topografia e a facilidade logística proporcionada pelo anel viário faz nossa região candidata a outros empreendimentos desta natureza, e, não é justo que sejamos penalizados com todo o lixo da capital, pois, tanto Perus com o lixão Bandeirantes, como Caieiras com o da CAVO, já deram sua parcelas de sacrifícios para a solução do problema do lixo de São Paulo.
Em uma época que se fala em democracia e cidadania, nós da sociedade civil temos de nos mobilizar e fazer valer nossa vontade e nosso direito de não permitir certos empreendimentos perto de nossas casas, com a certeza que somente nós, cidadãos unidos em torno de um mesmo objetivo, sem interesses mesquinhos, poderemos garantir a qualidade de vida para nós, nossos filhos e nossos netos.
O movimento iniciado há cerca de 15 dias em Caieiras com o nome de “Lixão. Mais um não!”, que já conseguiu colher mais de 1000 assinaturas e a adesão de muitos cidadãos e comerciantes de Caieiras, convida toda a população a se reunir dia 21 de abril, às 17 horas na Concha Acústica Raul Seixas, centro de Caieiras, para manifestar seu repúdio a novos Lixões em nossa região.
Mais uma vez, ameaça de um lixão em Perus, Caieiras e Região.
Lixão + um não! Nós já vimos este filme!
O bairro de Perus/Caieiras mais uma vez é ameaçado com o lixo da cidade de São Paulo.
A empresa Ecolar (Veja) propôs ao Governo do Estado a criação de um “aterro sanitário” tipo II (LIXÃO), em nosso bairro. Este aterro estará recebendo cerca de 6.500 toneladas de lixo doméstico e industrial por dia, durante 30 anos.
Não é justo, agora que um lixão vai fechar, abrir outro em seu lugar. Perus já deu a sua contribuição para a cidade. Precisamos neste momento resgatar a nossa história de lutas.
Afinal, nosso bairro foi palco, na década de 60, da mais longa greve da história do país, a qual durou sete anos e mobilizou os mais diferentes setores sociais, repercutindo em todo país e no exterior.
Nosso bairro é marcado pelos seus movimentos organizados, como por exemplo: os movimentos contra o pó de cimento da fábrica, contra o aterro sanitário, contra a instalação de uma usina de compostagem e incineração no Parque Anhanguera, entre outros.
Precisamos dar um basta nesta situação
É neste contexto de luta que a população de Perus/Caieiras é obrigada novamente a se engajar na luta contra a instalação de mais um “aterro sanitário” (LIXÃO) em nosso bairro.
Só a nossa luta e mobilização podem impedir mais esta agressão a Perus/Caieiras.