A EDILIDADE DO MUNICÍPIO DE CAIEIRAS EM 1968
Esta época (1.968), representar a cidade era ensoberbecer-se, este escriba sabia disso candidatando-se. Não havia qualquer remuneração para condição à edilidade, salvo a restituição de gastos em viagem oficial. Mas a recente emancipação de Caieiras impunha todo e qualquer sacrifício aos eleitos, autoridades políticas são exemplos para toda a sociedade, sendo fundamental estar aberto às mudanças quebrando paradigmas, e isso foi observado com percepção arguta daquilo que o povo estava precisando para bem estar da municipalidade.
Saltava aos olhos um sentimento bem intenso com a moralidade, uma distinção bem transparente em separar o que é público e o que é privado. A escassa receita orçamentária e todo trâmite burocrático para seu crescimento demoraria, dificultando a complexidade da função do Parlamento. Mesmo assim, com denodo, (atualmente há veículos, metrô, trem, viagens aéreas etc) se executava ex debito officii, porquê não? Em longas pernadas...
Com a promulgação da Carta Magna em 1.988, a remuneração do edil passou como percentual remuneratória do deputado Estadual. Isto ficou atraente, podemos afirmar para o eleito UM EMPREGO PÚBLICO, sem falar no constante aumento de cadeiras nas Câmeras. No Interesse da política aumentou-se o número de municipalidade mesmo com diminuto número de contribuintes que, destarte, vivem apenas com recurso do Fundo de Participação do Governo Federal, e com isso, não conseguem ou tem dificuldades enormes em atendimento médico ou até a educação – elencados (registrem) como obrigação precípuo do Estado. Esta degeneração dos recursos públicos deveria ser evitada unindo-se os Municípios, como autoridade única, que não condiz com seu insuficiente arrecadatório ou receitas públicas.
Para finalizar, os eleitos nem sempre estão aptos para entender o que é necessário para resolver problemas como: saúde, mobilidade, juventude, precariedade das periferias. Tem que saber negociar, articular, projetos com o Estado e União pois muitas vezes vai além do Município.
Assim, “La nave va”
ANÍZIO MENUCHI