18/10/2016
A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco

A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, assim o mais forte determinará ao mais fraco a culpa, ou dentre os eleitos o mais fraco ou alguém é acusado de um delito que não fez, ou que não foi o idealizador.

O Ministério da Fazenda divulga a lista das 500 maiores devedores da Fazenda Nacional. Ao todo, essas empresas representam créditos de R$ 392,2 bilhões, dos quais 58%, ou R$ 229 bilhões, estão em processo de cobrança e 26%, ou R$ 103,3 bilhões, estão em programas de parcelamento. Os dados foram consolidados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Total devido é R$ 392,3 bilhões e lista é liderada pela Vale, com débitos que somam R$ 41,0 bilhões seguida por Carital Brasil, antiga Parmalat Brasil e que deve R$ 24,9 bilhões. Em terceiro lugar está a Petrobras, com R$ 15,6 bilhões em débitos não saldados com a União. Demais são  bancos, estatais, ex estatais, clubes, megaindústrias. Fonte Correio Braziliense

Os maus exemplos que sempre vem de cima, empresas que foram ou são do governo como a Vale e a Petrobrás figuram como os maiores devedores.

Nada se fala sobre acabar com futuras aposentadorias de parlamentares que após oito anos reúnem esse direito. Não se noticia melhor gestão na Previdência com inúmeros imóveis alugados que provavelmente estão alugados a preço inferior de mercado à confraria dos gestores ou para vender,  sendo muitos até invadidos por ideologias partidárias.

A PEC DA DRU permite a utilização de até 30% da arrecadação em que estão embutidos a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Plano de Integração Social (PIS) desviando os fins específicos da seguridade.

As propostas paliativas se resumem para a Reforma da Previdência em subir a idade mínima para 65 anos. (chegando aos 65 anos, a empresa  manterá este empregado, pagando a Previdência? Trocaria por um jovem por ser mais viável economicamente?) ou;

Proposta em unificar a Previdência para os trabalhadores de empresa privada e pública. Os primeiros contribuem até um teto, enquanto os funcionários públicos com 11% sobre todos os valores incidentes.

Depreende que por trás uma inseparável companheira denominada entidade financeira, para complementação de aposentadoria.

Não se encontra no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)  gestores baseados em meritocracia, são cargos ocupados por políticos por um curto tempo cuja passagem sempre fica a desejar. Combate a sonegação e desvio de conduta muitas vezes são inconclusivos.

Desta forma, sobra o caminho mais fácil, com uma simples canetada, transferir para os “pobres mortais” o déficit que a Previdência “possui”.

O Brasil precisa de  mudanças estruturais, revolucionárias, que alterem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam farisaicas, mudanças de dentro para fora não excluindo ninguém dos efeitos  para minimizar ou quiçá acabar brevemente com a pobreza e desigualdade social.

ANÍZIO MENUCHI



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