Informações na web afirmam que começou no Império Romano.O imperador Claudio II havia proibido casamentos, acreditando com isso ter melhores guerreiros para seu exército.Contrário a ele no entanto, o Bispo Valentim realizava as uniões secretamente que, ao serem descobertas, causaram sua prisão e morte .Enquanto esteve preso, o sacerdote acabou conhecendo e se apaixonando pela filha do carcereiro, uma jovem cega.A moça , estranhamente, voltou a enxergar, e “este milagre” atribuído ao bispo transformou-o em santo e protetor dos enamorados.Em 270 D.C, no dia 14 de fevereiro, o bispo foi decapitado para tristeza de todos.
Já na Idade Média o hábito se fortaleceu principalmente porque, fevereiro era marcado pelo início do ciclo de acasalamento das aves, o que tornou a prática permanente. A Inglaterra e a França preservaram a data.Mas, o hábito de presentear não se restringia aos casais ou namorados.Presenteava-se também, os amigos, parentes e pessoas queridas.O Japão, curiosamente, comemora em duas datas do ano: 14 de fevereiro quando as mulheres presenteiam pessoas de seus afetos, e em 14 de março quando então , é a vez dos homens .Nos Estados Unidos o Valentine’s Day (dia de São Valentim) passou a representar a celebração ao dia dos namorados e acabou inspirando o publicitário brasileiro João Dória que em 1950 trouxe a idéia para o Brasil.Na época foi a oportunidade que aqueceu as vendas, em junho, de uma determinada loja de departamentos.Com o slogan, “Não é só com beijos que se prova o amor”, determinou-se que,a data melhor, seria 12 de junho, por anteceder o dia de Santo Antonio, padre também considerado casamenteiro.
Curioso? Hilário? Pode ser. A origem é interessante e graças à internet pude escrever sobre o assunto .Esqueçamos porém, lendas ou fábulas.Vamos nos fixar nos resultados. Mesmo sabendo que lucros comerciais e merchandising hoje são os objetivos principais, no fundo, no fundo tudo, creio que tudo sempre existiu pela necessidade que todos os seres humanos sempre tiveram em reverenciar fatos, pessoas e principalmente seus ídolos.
O Bispo Valentim caracterizou então, a imagem de ídolo na Roma antiga.Contrariou leis, descumpriu ordens e morreu fiel aos seus conceitos e ensinamentos.Para ele, o amor, o casamento e a união entre as pessoas foram mais importantes que qualquer decreto de seu imperador.Amando e casando-se numa época de grandes preconceitos,deu provas de coragem e fidelidade ao que acreditava.
Sendo isto verdade ou não, hoje,presentear o ser amado, no dia dos namorados, passou a ser habitual, como uma forma talvez de condecorar sentimentos que devam ser preservados, mesmo diante das maiores turbulências.Assim como o sacerdote romano, nós também ainda acreditamos e valorizamos demonstrações de afeto.Mesmo ninguém mais sendo decapitado, romper as regras e festejar é ainda um daqueles atos simbólicos que eternizam as crenças humanas. O Valentine’s Day comemorado há mais de 2000 anos confirma o fato. Se lenda ou realidade, não se sabe. Sabe-se que, a partir dele, mais um ritual surgiu para incluir costumes, hábitos e gestos.
Simbolismos à parte, para os casais no entanto,o dia pode significar mais: Do fortalecimento nas relações a uma redescoberta de sentimentos muitas vezes enclausurados num cotidiano cruel.
Presentear é detalhe, mas completa ,faz parte da conquista , da reconquista onde tudo passa a ser válido na demonstração do carinho, num dia especial. Resgatar sentimentos, reacender o romance, mesmo que através de rituais e tradicionalismos, não é portanto, “breguice”.Muito pelo contrário, é estimulo aos corações e torna a vida muito mais doce e gostosa.
Abençoado seja São Valentim! O santo dos eternos namorados.
Fatima Chiati