Como já escrevi em outra crônica, sou um admirador e apaixonado pelo Parque das Nações Indígenas, que para mim se chamaria Pedro Pedrossian. Gosto e tenho prazer em fazer minhas caminhadas observando as árvores em crescimento e a riqueza da fauna silvestre. Acompanhei de perto seu nascimento e sigo acompanhando sua formação, que por sinal, a cada dia fica mais rica, principalmente pelo crescimento das árvores ali plantadas, tendo o belíssimo Ipê , como cartão postal.
Tenho observado ultimamente, uma imigração muito grande de pássaros e outros animais para os centros urbanos. Uns dizem que isso acontece pelo fato do homem estar destruindo seu habitat natural. Outros dizem que é por se sentirem mais protegidas com relação aos ataques dos inimigos naturais. Eu também acredito nestas hipóteses, mas devem existir outras, como - alimentação farta nas cidades e pouca agressão do homem. Talvez, algum ornitólogo de plantão possa nos explicar melhor.
Na minha casa, um casal de arara chocou e nos presenteou com dois filhotes. Uma palmeira secou e elas, pacientemente, por pelo menos um mês, fizeram seu ninho após expulsarem um casal de pica- paus. É a natureza vindo pra cidade e tornado-se cada dia mais urbana. Sorte nossa poder curtir as araras, tucanos e tantos outros sobrevoando nossos parques e embelezado nossa capital morena.
Continuando a conversa sobre o parque, fico triste ao ver pessoas ignorantes e de má índole convivendo entre nós. Falo dos vândalos que destroem o patrimônio público, com “heroísmo”, e os assassinos dos Ipês. No entorno do parque, praticamente todos os bancos de cimento, foram destruídos de forma brutal. Para estes vândalos, caso pegos em flagrante, minha receita é uma só: aplicar-lhes uma surra com vara de marmelo à moda antiga, e um banho de salmoura em seguida. Além de alguns bons dias de cadeia. O município deveria pagar uma recompensa para quem denunciasse estes criminosos. Caso não se tome nenhuma providencia o nome de “Capital dos Ipês”, como quer nosso governador, será adiado “ad eternun”, e as mais de dez mil árvores plantadas nas saídas da cidade, continuam correndo sério risco de extermínio.
Há trinta anos, algum maluco inventou que o chá da casca do ipê roxo era bom pra curar câncer e impotência sexual. Que tragédia! Esta pobre árvore nunca mais teve sossêgo! Deveria surgir outro maluco para dizer que o chá causa sim é impotência sexual. Quem sabe parariam de destruí-las.
Eu contei mais de cem árvores jovens mortas com a casca do troco totalmente retirada. Que pena! Quanta insanidade, quanta ignorância!
Infelizmente não teremos outra opção a não ser replantar as arvorezinhas mortas. Sugiro que a administração do parque tome estas providencias rapidamente para que estas ainda possam crescer e florescer mais ou menos junto com as que lá sobraram.
Aos assassinos do parque, deixo aqui minha indignação e repúdio pela maldade que cometeram, e torço, sinceramente, que algo mais severo seja criado para que estes vagabundos sintam no lombo a mesma dor que as árvores sentiram no tronco e os cidadãos de bem, no coração.
Abaixo os assassinos dos ipês!
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