Mais um pleito eleitoral e a campanha começando com candidatos preocupados em arrumar recursos. Do lado de um candidato conhecido como “desvio de trem” tal a sua absoluta dificuldade em pensar, estava tudo bem organizado e o tesoureiro da campanha com a arrecadação praticamente certa, se um fato curioso não tivesse acontecido.
No meio da campanha o dinheiro começou a minguar, o principal doador não estava cumprindo o prometido, isso segundo o tesoureiro que até brigou com o irmão que estava cobrando despesas pagas por ele e que eram da campanha.
O candidato a vice na chapa do “desvio de trem” começou a ficar desconfiado e marcou com o empresário faltoso uma reunião para esclarecer as dúvidas. No dia e hora marcados em plena conversa com o dito cujo, chega inesperadamente o tesoureiro e seu irmão, sem terem sido convidados, papo prá lá, papo pra cá e o empresário questionado sobre a quantia fala sem rodeios: já doei mais da metade do dinheiro prometido, não estou entendendo essa reclamação de vocês, aliás tenho até recibo.
O tesoureiro não se deu por achado e respondeu: o dinheiro está comigo e estou escondendo para não gastarmos tudo. A campanha terminou vitoriosa e ninguém mais falou no assunto até que tempos depois um parente próximo do tesoureiro, disse que o carro novo foi adquirido com as “sobras de campanha”.