Teu rosto como um templo
Voltado para o oriente
Distante como o nunca
Eterno como o sempre.
Vinícius, a quem chamavam “poetinha” tinha esse vício, fazer poesia bonita.
Mas era uma vez uma jovem a procura de seu destino, como se fosse para ser procurado, a vida passando e um dia ela viu-se formada naquela profissão que não tem hora, dia ou mês. Fez-se médica.
E lá foi a jovem conhecer os encantos da profissão, logo percebeu que havia mais desencantos e sofrimentos do que jamais sonhara, então pensou: Onde está o sonho prometido? Onde estão as crianças alegres e robustas que só vem para tratar de gripe? A realidade para a jovem foi dura, as crianças são esquálidas e cheiram mal, os adultos dormentes pela mesma doença, miséria.
O conflito interno foi criado, era inevitável. Onde ela pensou ter alegria viu sofrimento, onde pensou ver amor viu mágoa, ressentimento.
Mas tão bonita era a moça que só com a sua presença criava uma aura de carinho a sua volta, com o tempo viu que os doentes que queria não eram aqueles que tratava, mas eram aqueles que precisava para aprender, viu que o lugar que sonhara para trabalhar não era aquele, mas aprendeu que a dádiva era estar ali, junto de quem realmente necessitava de seus conhecimentos. Mas tão bonita era a moça que as vezes ainda se deixava levar e queria ir embora, mas a vontade de ficar mais um instante era maior e sabia que se fosse iria perder o final dos versos. “E QUE SUBITAMENTE SE ACLARA E MOVIMENTA, COMO SE A CHUVA E O VENTO CEDESSEM SEU MOMENTO, A PURA CLARIDADE DO SOL DO AMOR INTENSO.