24/01/2018
A dor da perda é o tamanho do amor.

Foi num dia de frio lá muito distante, nas Minas Gerais, que ela entrou em nossas vidas...

Nós nos apaixonamos por ela no momento que a vimos e embora nossa família canina já tivesse duas filhas, ela foi adotada imediatamente.

Era tão pequenina, cabia na palma da mão, mas já tinha aquele espirito alegre que sempre foi sua característica marcante.

Sua voz era agudíssima, daquelas que ardem em nossos ouvidos, mas as festas que ela fazia quando chegávamos em casa, compensava seus agudos...

Tinha uma jeitinho especial de andar e quando corria, ela parecia mais um carneirinho, pois saltitava levemente...

Nós a trouxemos para nossa querida Santos e aqui ela foi muito bem recebida por Meg, nossa poodle pretinha que a adotou como filha e andava com ela pendurada em suas enormes orelhas.

Ela cresceu mais que a mãe adotiva, mas não perdeu o hábito de morder a orelha da pobre Meg.

Luna... assim a chamamos, pois ela passava tranquilidade no seu olhar límpido e sempre com cara de “coitadinha de mim”!

Quando a vida nos levou de volta para Minas por três longos anos, ela demonstrou sentir muita falta de nosso calor daqui, porque sentia tanto frio que o vento estava lá na esquina e ela já estava debaixo das cobertas.

La, ela adoeceu, quase morreu envenenada por conta de pessoas que colocam produtos que matam os animais nos jardins públicos, mas, sobreviveu embora com a consequência de ficar diabética.

Quando para cá voltamos, era possível, vê-la saltitar de novo, afinal, ela adorava o calor, amava tomar agua de coco na beira da praia...

Sabíamos que sua saúde estava frágil, mas aquela esperança de que tudo vai ficar bem com todos os tratamentos que podemos fazer para ela, nos levava acreditar que por muitos anos ainda a teríamos...

Mas... não foi assim.

Hoje, ela nos deixou... tão suavemente como nos encontrou.

Escutei seu grito, corri até ela e ainda deu tempo para eu dizer que a amava e ver seus olhar de amor para mim...

Morreu nos meus braços.

Adeus Luna, voe com os anjos caninos, com os protetores dos animais, que certamente vieram buscá-la num carrinho todos enfeitado, onde você pode ir sentindo o vento nas orelhas, como tanto gostava de fazer.

Um dia vamos nos ver de novo e se eu puder fazer um pedido aos céus, quero trabalhar no setor dos animais para estar juntos com todos vocês.

Adeus Luna, minha filha canina que tanto amor e fidelidade nos deu.

Seja feliz.

Aqui seguiremos amando você.

Selma Esteticista
 



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