Há cerca de dois mil e poucos anos, a humanidade viu seu futuro ser iluminado pelo nascimento do filho de um artífice, um certo José com sua dedicada esposa Maria, que na simplicidade de suas vidas de trabalho e ao Pai devotadas receberam a missão sublime de conduzir aquele que conseguiu, sem o brandir de uma espada, sequer fazer dobrar o maior império da mundo à sua doutrina, que foi adotada como religião oficial de Roma em apenas cinco séculos de existência. O jovem carpinteiro falava de um amor fraterno, de caridade, e de se fazer ao próxmo aquilo que gostaia que se lhe fosse feito. Em seu aniversário, convencionado entre os povos na data noite em que retumba a estrela de Belém com maior intensidade, num prenúncio de tempos mais felizes, muitas pessoas contagiadas com suas vibrações magníficas desenvolvem atividades acobertados pelo anonimato, fiel conselheiro da caridade sincera, buscando trazer felicidade aos menos favorecidos na época do Natal. Pergunto-me, por vezes a quem acode a iniciativa? Seria aos lares mais simples, contemplados pela boa vontade daqueles que se revestem das cores de Noel? Ou seria ao íntimo de privilegiados que buscam conforto para injustiça social a qual todos participamos? Fome, desamparo, necessidade, tristeza e outras mazelas não são circunscritas ao mês de dezembro. Caridade e boa vontade não se quedam ao tempo. Prorroguemos os sentimentos excelsos para todos os dias de nossa era, seguindo o exemplo do Mestre da Basiléia, amando o nosso próximo como a nós mesmos, todos os dias do ano. Feliz Natal. Que o sentimento de amor trazido pelas luzes de Belém aqueça a todos. Sempre.