Lembrou-me um amigo que o dia 08 de abril é assinalado, entre outras datas, o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Quem de nós não se sensibiliza com esta ou aquela história que vem à lembrança de pessoas queridas sofreram do gravíssimo mal. Hipócrates, o pai da medicina, já em 377 a.C. estudava mortes que sugeriam o câncer de estômago, reto, mamas, útero. Antes ainda, os egípcios, em cerca de 3.000 a.C., já registravam males que provavelmente se inclinavam ao câncer. Na verdade, podemos imaginar que desde o surgimento do ser humano na face da Terra, podemos cogitar da existência da doença, uma vez que, simplificadamente, é um mal próprio da multiplicação celular.
A medicina moderna evolui com velocidade inédita, e já é capaz de evitar ou amenizar muito o sofrimento do homem, principalmente nessas doenças mais severas, mas infelizmente ainda não conseguiu, na verdade, desvencilhar por completo o fenômeno da vida, estabelecendo as correlações da multiplicação celular e o desenvolvimento de males dessa natureza. Certamente o avanço dos estudos com as chamadas “células tronco” trazem um fio a mais de luz e esperança para doentes e seus familiares, que ao lado de seus queridos enfrentam verdadeiras sagas tentando tornar o infortúnio menos penoso. Mas, meus amigos, que falta de sensibilidade escrever um texto meramente informativo nesse viés. Na verdade, move muito mais a intenção de confortar do que informar. O que interessaria saber do histórico da doença, se sentimos em nossos corpos as dores lancinantes da degeneração?! Mas, além de meu abraço, sincero, gostaria de compartilhar a certeza de que todas as dificuldades de nosso caminho têm a capacidade de promover enorme aprendizagem, perspectivas de vida que anteriormente sequer vislumbrávamos. Melhoramos. Progredimos. Evoluímos. Deus é perfeito e jamais permitiria sofrimentos supérfluos. Ele nos acompanha. A cada centésimo de nossa existência. Se a doença, como vimos, é antiga, a vida é mais! E persiste. Persistirá sempre. Sempre. Seja a esperança luz tênue no íntimo de cada um, que ainda ofuscada, certamente alumiara nosso caminhar. Quão longo ele for, seja repleto de vida. Ela vence. Sempre