Temos nos visto às voltas com notícias a respeito de repetidos vazamentos de petróleo na Bacia de Campos no estado do Rio de Janeiro, em decorrência das atividades da Multinacional Chevron, relacionada à mundialmente conhecida marca TEXACO. Nessa quinta feira foi ouvido o representante da empresa na Comissão de Meio Ambiente do Senado, em audiência pública, com a presença de membros da ANP, IBAMA, MPF e Polícia Federal. Passaram-se quatro meses de reiterados episódios que determinaram ao Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal a expedição de cautela no sentido impedir a saída de dezessete executivos da Chevron do Brasil e da empresa Transocean Brasil sem autorização judicial, em face da iminência de responsabilização criminal. O que é necessário termos em mente é que as milionárias multas impostas à petrolífera devem ser interpretadas num contexto mundial, próprio de uma atividade econômica estrondosamente poderosa, devendo guardar seu objetivos de educação, repressão e compensação pelo dano experimentado. Algumas perguntas nos perseguem desde o primeiro contato com as disciplinas ambientais: Qual é o valor da existência de determinada espécie, concretamente ameaçada pelo contínuo vazamento em fissura de 800m no solo oceânico causado pelas atividade da companhia? Qual o valor do bem estar e do conforto dos habitantes da costa das imediações da Bacia de Campos? Ou ainda, qual o valor da própria segurança dos trabalhadores das plataformas de exploração? Talvez estejamos diante de ninharias risíveis por potências econômicas dessa ordem... Talvez a integridade do ambiente devesse ser observada com melhores olhos pelo mundo, até porque o custo desses danos serão pagos por nós, por nossos filhos, por nossos netos.