Noite dessas estava pensando - não que isso seja um acontecimento - que a qualidade dos colchões de nosso país deve ser muito ruim. Noites e noites a fio, virando de cá para lá e de lá para cá. O pior é que se está acordado, o pensamento começa a revisitar os fatos e as informações que vivenciamos durante o dia. Crises. O pior é a sucessão de crises! É crise econômica na Europa, é crise política no planalto, é crise administrativa no serviço publico, é crise moral na humanidade... Cansa só de pensar. Isso! Boa idéia! Ao invés de contarmos carneirinhos para retomar o sono, poderíamos contar as crises! Não ... Melhor não ... Correriamos o risco de sair contando desenfreadamente noite a dentro, seguir pela madrugada, atraversarmos o dia, emendarmos na outra noite. É. Definitivamente, melhor não. Talvez se nos modificássemos, quem sabe, diminuindo o número de crises ... Além de nos cansarmos mais durante nossas horas de vigília, diminuiríamos o número de crises, permitindo que durmíssemos logo. Quando o homem valer aquilo que ele é, não aquilo que ele tem, quando for medido por suas ações, não por seus bens, quando a justiça julgar fatos e não pessoas, quando o todo for mais importante que meu egoísta eu, talvez nossos fabricantes de colchões sejam mais eficientes!
De duas uma: ou arrumamos colchões de melhor qualidade, ou nos empenhamos num processo de renovação íntima, desde ontem, que promoverá uma reforma na tecnologia de colchões inédita desde a revolução industrial! De quebra, ainda contribuiremos pra melhoria desse mundinho que temos utilizado...