Nos anos 60, Norman Cousin, jornalista americano, curou-se de uma doença grave através do riso. A medicina o havia desenganado, mas ele recusou esse veredicto. Vejam só como ele raciocinou: se as emoções negativas podem perturbar o organismo, por que não poderiam as emoções construtivas restabelecer a harmonia?
Animado por um grande desejo de viver, ele decidiu nutrir seu espírito com otimismo, confiança e bom humor. Começou a assistir a filmes cômicos e proibiu qualquer pessoa de ir visitá-lo sem uma piada para contar. A terapia do humor produziu seu efeito, pois logo constatou que um período de dez minutos de riso aliviava sua dor o suficiente para ele conseguir dormir por duas horas seguidas. Testes clínicos também comprovaram que sua inflamação diminuía a cada sessão de riso.
Cousin escreveu sua história uma dezena de anos após sua cura e tornou-se de certo modo o símbolo da terapia do riso. Sua história deu origem a pesquisas mais aprofundadas e hoje sabemos, por exemplo, que o riso fortifica o sistema imunológico, estimula as funções cardiovasculares e libera endorfinas que combatem a dor.
Sem transformá-lo em panacéia universal, pode-se dizer que o humor constitui um excelente presente da Natureza, que tanto beneficia o corpo quanto o espírito. Não há nada melhor que um filme ou espetáculo humorístico para retomarmos o fôlego quando a tristeza ou o mau humor nos ataca.
Não se trata de negar as feridas da vida, mas de sobreviver a elas. Como declarou o Dr. Christian Tal Schaller, "a emoção é uma energia que precisa se manifestar no físico através de gritos, choros, danças, risos ou ... de uma doença". É bem melhor optar pelo riso do que esperar pela doença.