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22/10/2005
Referendo 2005, você já se decidiu?

Nos últimos dias, a disputa entre as duas frentes parlamentares que tem idéias opostas a respeito do referendo que acontecerá neste domingo (23/10/05) está cada vez mais acirrada, e a cada dia surgem novos argumentos e propagandas tentando convencer o eleitor a aderir a cada uma das frentes. O Jornal A Semana elaborou um resumo das idéias das duas frentes para esclarecer as dúvidas a respeito do referendo.

NÂO

Os argumentos utilizados pela frente parlamentar que é contra a proibição da comercialização de armas de fogo e munição dizem que o cidadão tem o direito de se defender e esse direito não pode ser tirado dele. Eles defendem também que manter uma arma em casa é uma forma de coibir a criminalidade, já que o criminoso não tem como saber se o cidadão possui ou não uma arma em casa. Outro argumento usado pela frente que defende o "Não", é que bandidos não compram armas no mercado legal, então com a proibição os prejudicados seriam apenas os homens de bem. A frente ainda defende que com a proibição o contrabando seria estimulado e as armas aumentariam o seu valor no mercado ilegal, contribuindo assim para o lucro dos bandidos. E o cidadão que compra armas precisa submeter-se a testes físicos e psicológicos, portanto é apto para utilizar uma arma com segurança. Por fim, a frente defende que se o "Sim" ganhar, as fabricas de armas e munições continuarão suas atividades no país, porém perderão mercado, e as lojas que vendem ao consumidor final serão diretamente afetadas, gerando assim mais desemprego no país.

SIM

Os argumentos utilizados pela frente parlamentar que é a favor da proibição, dizem que arma de fogo não garante a proteção na hora do assalto, o bandido surpreende o cidadão que não estava preparado, e o bandido não hesita em disparar contra quem reage. Eles também defendem que guardar arma em casa é muito perigoso, para usá-la como defesa, a arma precisa estar carregada e em local de fácil acesso, o que é um risco para todos da casa, em especial para as crianças, e o Brasil tem uma taxa de criminalidade alta, apesar de a posse de armas em casa ser liberada. Uma outra coisa que a frente do "Sim" defende, é que os bandidos incrementam o seu arsenal com as armas roubadas dos homens de bem, armas que são compradas legalmente, e vão parar nas mãos dos bandidos. E o mercado ilegal sempre existiu, mas pode diminuir se houver um rígido controle na saída de armas das fabricas, o estatuto já é bastante rigoroso com relação a isso, e com a vitória do "Sim", o estatuto também ganha um aparo. A frente também diz que os testes e o treinamento são passiveis de fraude, o cidadão realiza os exames físicos e psicológicos, mas não tem como avaliar o preparo do mesmo para reagir em determinadas situações, e nem com o treino o cidadão se torna um profissional. E por fim, a proibição não vai gerar um grande impacto no desemprego, já que a maior parte da produção destina-se a exportação e aos setores militares que não serão afetados pelo referendo.

Esses são os argumentos das duas frentes, cabe ao eleitor tomar a sua decisão, a votação será das 8:00 ás 17:00 horas e a partir das 20:00 horas estima-se que já se terá um resultado parcial da votação. A ausência na votação deverá ser justificada, apresentando-a nos correios ou em qualquer zona eleitoral.

Redação A Semana