Nas duas últimas semanas a Maternidade de Caieiras vem sendo literalmente massacrada pela grande imprensa, afinal tudo que falaram é verdade ou houve exagero ?.
Os números de nascimento são impressionantes, em torno de 2 mil partos por ano. Comparando com os dados do Brasil o ìndice de mortalidade de fetos está dentro dos parâmetros, obviamente o ideal seria zero.
Mas o que chama a atenção são os depoimentos quase todos parecidos, dá um tom de orquestrados. Neles o impacto abala porque transforma a maternidade no hospital do Mengele, antigo morador de Caieiras, o que não é verdade.
As centenas de mulheres que tiveram seus bebes em Caieiras e deram depoimento por escrito, não pouparam elogios.
Nas reportagens ninguém lembrou que a responsabilidade médica é de uma organização social chamada AHBB- Associação Hospitalar Beneficente do Brasil que também tem que ser cobrada caso haja algum problema com seus profissionais da saúde. Ao Estado cabe fiscalizar e punir além da entidade seus próprios funcionários se as acusações procederem.
A questão do parto natural e a cesariana é uma discussão mundial, ora se combate um ora se combate outro. O uso de fórceps que é denunciado como brutalidade vem de séculos e é praticado regularmente. A entidade ainda tem que respeitar o protocolo do MS (Ministério da Saúde) que manda realizar cesariana só em caso de emergência, segundo avaliação médica.
É preocupante o sensacionalismo gerado, a sede de sangue a qualquer preço, que acaba pressionando as autoridades públicas e pode acabar com o bom nome de uma instituição tida como exemplar.