Comcid examina a aprovação ou não  de mais lixo para Caieiras

O Conselho da Cidade examina amanhã (4ª feira )o pedido de aumento de volume  e prazo do lixão da Essencis, agora denominado Aterro Sanitário. Mas e o projeto original acabou em "pizza" ?.

O pomposo título da pauta é "b) Análise do parecer encartado ao Processo no E – 4143/2016 – Exame Técnico – CTVA-Caieiras, empreendimento fase 9 do Aterro de Resíduos Classe II – Central de Tratamento e Valorização de Resíduos -CTVA–Caieiras.".

Resta saber se os Conselheiros vão discutir também o depósito de resíduos tóxicos que vem sendo feito, os vários processos por agressão ao meio ambiente que a Essdncis responde  tanto aqui como em vários Estados da União, a liberação de gases que leva crianças e idosos ao pronto socorro, e tentar responder as perguntas:

Como um dos mais perigosos contaminantes do meio ambiente a lama de mercúrio está sendo tratada?, É armazenada ou diluída no meio dos demais resíduos. A Essencis recebe outros tipos de resíduos tóxicos além da lama de mercúrio, qual a quantidade   armazenada deles, inclusive da lama ?. Porque no panfleto que está sendo distribuído  a denominação de CTR foi alterada para "Aterro Sanitário" ouve alteração no projeto original do eia-rima ? . De CTR virou aterro? -  a reciclagem foi tratada com destaque no projeto original,  porque não foi implantada até hoje?. O GAEMA estipulou diretrizes para o funcionamento do CTR quais ítens foram cumpridos e quais não foram ?.

No PDUI foi aprovado em Maio de 2016 que  para a continuidade do lixão é necessário cumprir Lei Federal e diz o texto: "Grupo III Saneamento Básico "Em cumprimento à Lei Federal  n.12305/10  Imposição de  restrição a ampliação/alteamento do aterro sanitário CTR (Essencis) vinculando-se a sua continuidade à obrigatoriedade do investimento em novas tecnologias de reciclagem beneficiamento de resíduos e ou aproveitamento energético, por meio da fomentação de arranjos produtivos locais ou regionais de Resíduos Sólidos Urbanos.

Em 2015 foi instalada pela Câmara Municipal uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apurou estarem as contas da Essencis em ordem, ou seja, recolhe os impostos corretamente. Pergunta-se  porque a CPI não apurou a parte essencial desse contrato, os possíveis danos ao meio ambiente como o recebimento de resíduos tóxicos, a conclusão dessa CPI  composta pelos Vereadores Panelli, Alvaro Berti e  Zéfinha foi no mínimo melancólica e inútil,  pois conseguiu apurar o óbvio: a Essencis paga seus impostos corretamente ao Município, mas o cerne da questão nem foi colocado em pauta, porque ?.O curioso dessa CPI foi que os vereadores alvaro berti e panelli  sempre fizeram críticas àcidas  ao lixão, inclusive denunciando uma "bomba relógio" sobre a cabeça dos caieirenses, passivo ambiental para as próximas gerações etc. vai ver perderam seus ideais de quando jovens.

Na década de 1990 a antecessora da Essencis, a Cavo , usou de um estratagema nada recomendável para divulgar o CTR, promoveu palestras nas escolas usando as crianças para levar informativos aos Pais e com isso tornar simpático o empreendimento do lixão que rotulava de primeiro mundo, com o tempo a verdade veio a tona, tudo não passava de propaganda ao estilo Goebbels o  genio monstro da propaganda nazista, o CTR tornou-se aterro sanitário de luxo, longe de ser o CTR  vendido aos mansos e ordeiros caieirenses, estes sempre sendo devorados por lobos em pele de cordeiro, vindo de outras plagas.

Finalizando, cabe aos membros do Comcid  a responsabilidade de analisar minuciosamente esse pedido e como disse o Procurador de Justiça Dr. João C. Calsavara em Ação Civil Pública movida  contra a então Cavo, " a história nos julgará, a todos" basta acrescentar: como homens e mulheres de bem ou vilões inescrupulosos.

NOTA 1 - IMPORTANTE : O JORNAL A SEMANA TEM CENTENAS DE PUBLICAÇÕES SOBRE O CTR-ATERRO-LIXÃO PROCURE EM "BUSCAR"

NOTA 2 - Só da Cidade de São Paulo Caieiras recebe 6 mil ou mais  toneladas dia de lixo, também recebe mais algumas milhares de toneladas de outras Cidades próximas,( a Cidade de Cubatão contribui com a lama de mercúrio gerada pela Carbocloro) existe estimativas  de 10/12 mil ton.  (Scielo).