Hoje faz vinte anos do desastre do trem da CPTM na estação de Perus com mortos e mais de uma centena de feridos.
O choque foi entre duas composições que trafegavam na mesma linha.
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Conclusões
A CPTM sabia desde 1995 que o trem não ficava estacionado em descidas,[4] entretanto responsabilizou, em sua sindicância interna, o maquinista da composição que perdeu os freios pelo acidente, dizendo que o mesmo deveria ter "calçado" o trem,[5] "negligência comparável à do motorista que passa o sinal vermelho", segundo a CPTM.[6] Já segundo a Polícia Civil, houve uma sucessão de falhas que culminaram no acidente:[7]
- Às 19h15, queda na rede de energia elétrica entre as estações de Jaraguá e Perus;
- Entram em pane os três sistemas de freios do trem que causou o acidente;
- Depois de ter sido esvaziada e sem freios, a 127 começa a se movimentar rumo à estação Perus, onde estava parada a 1103. O maquinista principal, Oswaldo Pieruti, depois de ter avisado o Centro de Controle Operacional (CCO) da CPTM desce da composição para tentar detê-la, colocando nos trilhos travas de madeira, sem sucesso. Somente Selmo Quintal, maquinista em treinamento fica no trem;
- Desgovernada, a 127 rompe a rede de energia elétrica aérea;
- O CCO tenta tirar a composição 145 que estava com passageiros na estação Perus, mas ela não podia se movimentar porque suas portas não fechavam.
- Acontece o choque, 9 pessoas morrem e 115 ficam feridas, as duas composições e a estação são destruídas.
A Estação Perus foi reaberta três dias depois, sem a cobrança de tarifa, porque "não apresentava condições para isso", segundo o secretário de transportes metropolitanos na época, Claudio de Senna Frederico.[8] A estação foi sendo reformada aos poucos e a situação se normalizou com o passar dos dias.
Em 2012, a CPTM foi condenada pela justiça a pagar indenizações para as vítimas que se feriram e aos familiares dos mortos no acidente.[9]