Parece que na região combinaram o preço da tarifa de ônibus em R$ 4,20 pelo menos é o que se observa . Algumas Cidades já começaram a voltar atrás e mantiveram em R$ 3,80 o preço público do serviço conforme decisão judicial.

Esse preço público é talvez o mais polêmico de ser fixado entre todos os outros, os vícios são antigos e difíceis de resolver. Um deles é o efeito "osmose" que existe entre a administração pública e as concessionárias, vai desde o financiamento de campanhas eleitorais a "mesadas" aos políticos.

A falta de transparência na fixação da tarifa também é comum, normalmente o prefeito fixa o valor por decreto, baseado em relatório de uma "comissão" constituída para estudar e definir o valor.  A regra é essa comissão ser formada por leigos no assunto e acaba simplesmente aceitando o reajuste solicitado pela concessionária.

Normalmente consta da licitação e contrato que a concessionária fica obrigada a apresentar planinha de custos por ocasião do pedido de reajuste, aí está o problema, como não há análise técnica da reivindicação fica valendo a decisão unilateral.

Em Caieiras caso houvesse um estudo detalhado dos custos, tanto a prefeitura como a empresa teriam surpresas. A Cidade é peculiar no  custo por km/rodado por linha, senão vejamos: qual o custo do km para uma linha Estação x Laranjeiras cujo trajeto é feito pela Rodovia (considerar o veículo sem passageiros) e qual o custo da linha Estação x J.Marcelino ? - é óbvio que não é o mesmo.

Normalmente as empresas usam o critério "compensatório" a  linha boa compensa a ruim, esse é mais um dos vícios que parecem eternos, basta um político querer atender meia dúzia de eleitores que lá vai uma linha de ônibus sem nenhuma justificativa técnica, são as chamadas linhas em que o coletivo "bate banco" e elas engrossam o custo, mas, o rateio sobra para todos.

A solução? - preço da passagem por linha isso evitaria que uns pagassem pelos outros, exemplo: é justo quem anda 3 km pagar a mesma passagem de quem anda 10 km ? - Em algumas linhas isso já é feito só é preciso ampliar. Outra solução? - Abrir a concessão para outras empresas aumentando a concorrência, mas aqui é preciso cuidado para não transformar um serviço público razoável em caos, vide Cidade do México.