Na Audiência Pública que começou tumultuada e mal conduzida pelos interessados, foi grande a presença dos moradores do bairro. Os questionamentos sobre o EIV - Estudo de Impacto da Vizinhança sobre a fase V do loteamento foram muitos.
Algumas falhas mostraram que o estudo apresentado foi realizado sem maiores critérios como remanejamento de vegetação, tráfego calculado fora dos horários de pico, etc.
A parte cômica ficou por conta da inclusão no projeto da existência de um NEC- Escola Municipal e de um Posto de Gasolina dentro do bairro existente, provavelmente a base para o disparate foi o Dr. Google. Só faltou colocarem o Trem Bala e o Aeroporto, além do maravilhoso ex-projeto da Camargo Correa, onde uma carta de intenção de compra foi transformada em um condomínio para trinta mil pessoas.
Segundo os presentes a palhaçada predominou na audiência, os expositores após cansativa narrativa não responderam às perguntas. Os moradores começaram no dia seguinte a mobilização para esclarecimentos, protocolaram requerimentos em órgãos públicos e vão entregar as gravações da reunião à Promotoria Pública para providências, alegam ter havido obstrução e cerceamento ao direito das garantias constitucionais individuais.
Outros EIV colocados em dúvida quanto a veracidade técnica ainda perambulam pela Cidade .Autoridades, políticos e empreendedores imobiliários ou mobiliários, parecem não acreditar que estamos no Século XXI (21), a informatização eletrônica tornou o big brother do Orwell real (não confundir com o penico da Globo).
Fazer o que bem entender com a propriedade é direito constitucional, por enquanto, se a implantação de um estado bolivariano for obstada, entretanto, existem leis que devem ser respeitadas e visam o bem estar de toda a comunidade. EIA, EIV e outras são algumas que os "empreendedores" políticos e autoridades públicas, dos séculos 10 e 20 gostam de ignorar.
A reserva florestal da Cia Melhoramentos junto a Cantareira é sobejamente conhecida como pulmão verde da Grande São Paulo, seu manuseio não pode ficar restrito a um plano diretor e uso do solo, elaborado na gestão do prefeito hamamoto, que até hoje causa polêmica. "Irreversível por conta da expansão urbana e valorização das terras, que torna o reflorestamento mesmo que homogêneo inviável, exceto se a consciência coletiva prevalecer com a implantação de incentivos fiscais e garantias legais". Palavras do Dr.Mario Toledo de Moraes, há mais de trinta anos.