O resultado do primeiro turno das eleições para presidente revelaram a força pessoal de Aécio e a estratégia de pirro da Dilma.
De um lado, em momento de adversidade na campanha, Aécio foi a luta e se apresentou como o candidato que promoverá a mudança de rumo na condução do governo no Brasil. Sempre colocado em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, reagiu com a força de um líder ao arregaçar as mangas na batalha pelo clamor de alternância de poder exigida pela maioria do povo brasileiro. Sem resultados próprios para entregar aos eleitores, Dilma quer fazer um usucapião da posse de 12 anos como se fosse seu antecessor, para esconder o fracasso de seu governo: crescimento pífio, inflação e juros altos, desequilíbrio fiscal, corrupção endêmica na administração pública e nas estatais.
Ao lado do Estado do Paraná, São Paulo protagonizou o mais relevante apoio a Aécio Neves e o mais forte sentimento de mudança em todo o país. Infelizmente, há uma clara divisão no eleitorado brasileiro, pois, de um lado, aqueles que dependem de recursos do governo federal e que são menos escolarizados, principalmente no Norte e Nordeste do país, são mais suscetíveis a mentiras, na ameaça de lhes tirarem o bolsa família no caso de não votarem na Dilma. Do outro lado, o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste, onde os índices de desenvolvimento econômico e social são mais elevados, movimentam-se em busca de mudança na prática de governo com base na realidade que o País vive.
N.R. Resumo do artigo A força do Aécio e a máscara de Dilma- Hermano Leitão. Texto original publicado na coluna do autor.