Na sessão de ontem da Câmara Municipal o plano de carreira da Guarda Municipal sequer entrou na ordem do dia, o motivo teria sido divergências no gabinete do prefeito. Enquanto isso o guarda municipal vai continuar ganhando baixo salário em relação a outros servidores, a reação na corporação foi de revolta segundo comentários. "não adianta o prefeito hamamoto alugar viaturas e fardamento vistoso, quem está nas ruas para proteger o caieirense e o patrimônio público somos nós, "o salário mal dá para comer" dizem.
Os salários dos funcionários municipais tem disparidades acentuadas, apenas considerando a remuneração nominal, ou seja, sem os acréscimos e demais vantagens, a diferença entre o menor e o maior salário em um mesmo departamento chega a 500% . Vejamos como exemplo: na Coordenadoria de Segurança do Município, o Coordenador Rodrigo Santiago está no topo da pirâmide salarial, com remuneração mensal nominal de quase 6 mil reais, enquanto isso o Guarda Municipal ganha R$ 1178,14 mensais. Isso mostra que a prefeitura não tem um plano de carreira adequado e justo para a categoria, não que o salário do coordenador seja de marajá, exceto se as possíveis demais vantagens, que não são publicadas o tornarem um.
Várias reformas administrativas foram feitas por diversos prefeitos, todas elas tiveram em comum beneficiar grupos em detrimento da maioria, uma delas ficou conhecida como a reforma "inho" tal o descaramento que favoreceu uma minoria de funcionários. Enquanto isso os barnabés, aí incluso professores, sem um sindicato representativo, continuam patinando em baixos salários
Aquelas centenas de "assessores" do prefeito, ganha pouco mais que o salário mínimo, também os com função de carreira estão nessa faixa ou pouco mais. Entretanto, possivelmente haja uma distorção grave na folha de salários, uma minoria leva a maior parte da fatia enquanto a minoria divide o que sobrou. O governo federal e o estadual fazem publicar o total recebido pelo servidor no mês, aqui em Caieiras o governo municipal falta com a transparência, mesmo porque quando esses valores vierem a público, talvez causem espanto com a quantidade de marajás existente. É preciso coragem para tomar certas atitudes.
Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo/Sessão da Câmara Municipal