Lendo os comentários nas redes sociais sobre o lixão e a tarifa de ônibus, em que pese o despertar da Cidadania em cada um dos internautas, fica a sensação de pura ingenuidade dos participantes. Quando o vereador panelli usou de palavras duras para denunciar o lixão foi corajoso, mas sua posição terá que ser acompanhada, a poucos dias atrás falou que faltava uma Lei Municipal para tratar do assunto, descobriu o óbvio. Vários municípios do País possuem Lei proibindo a importação de lixo e resíduos tóxicos, Caieiras aceita os dois. Quer aceitemos ou não, o lixão veio para ficar, recebe milhares de toneladas todos os dias, os caieienses já convivem com ele a alguns anos e a quantidade só tende a aumentar. Uma lei restringindo a importação de lixo e resíduos já foi proposta em legislatura passada, também uma lei de autoria popular foi apresentada à Câmara, nenhuma das duas passou pelo crivo dos então vereadores. Há quem diga que não passaram de fogos de artifício, ou, o velho jargão tupiniquim, criar dificuldade para vender facilidade. O direcionamento hoje, deve ser em exigir da administradora do lixão, a implantação do projeto original, o famoso CTR , na época um empreendimento de primeiro mundo, lembrar que o tal primeiro mundo joga dois terços do lixo que produz na África, para os países miseráveis torna-se um bom negócio, para os primeiros mundistas também já que o dinheiro retorna aos seus bancos, em contas particulares é claro. Infelizmente o nosso CTR virou aterro sanitário, muito mais barato, é só tomar algumas medidas primárias e jogar terra em cima. A proibição da importação de lixo de outros municípios é inviável, só São Paulo destina milhares de toneladas todos os dias para Caieiras, onde iria depositar seu lixo em tão curta distância?. Mas o resíduo tóxico pode ser proibido por Lei Municipal, basta querer e ter hombridade para tanto. Enfim, vamos torcer para o vereador Panelli apresentar um projeto de lei proibindo a importação de resíduos tóxicos, acompanhar e na hora da votação ver qual vereador foi a favor e qual foi contra, se aprovada pela Câmara, vai restar a posição do prefeito, teria ele coragem de vetar? ou o preço político compensaria ?. Só o tempo dirá.
A passagem de ônibus cujo movimento popular surpreendeu, não terá nenhuma redução e nada vai acontecer, as implicações para que isso ocorra são muitas, desde a ativa simbiose política por parte da empresa junto aos políticos até as restrições técnicas, com foco na irracionalidade de linhas existentes e o custo para mantê-las. Não é tarefa para poucos, o suposto líder do movimento nas primeiras conversas com políticos, silenciou, os comentários sôbre o motivo não são elogiosos. A concessionária é detentora de um contrato firmado em 1991 com a empresa Viação Cidade do Sol, contrato esse prorrogado em 2006 sem nova licitação pública, ao arrepio da Lei de Concessões. Indiscutivelmente houve melhorias no serviço, a nova empresa Viação Cidade de Caieiras profissionalizou o transporte público, mas aparentemente não conseguiu racionalizá-lo, cedendo a pressões políticas, talvez em defesa da sua precária concessão. se for essa a suposta causa, tem que estar preparada para quando houver mudanças, e isso, só prestando eficientes serviços à população, condições eles tem de sobra.
A controvertida instalação das antenas de celular, outro prato feito do prefeito para a Câmara digerir. Nessa batalha entrou de corpo e alma o vereador Calé, não para impedir mas para disciplinar os locais, certamente uma medida preventiva de interesse da população, que aliás já existe na Lei atual, as torres só podem ser instalada a 400 metros de distância de residências, o prefeito em seu projeto de lei simplesmente suprimiu a exigência, na prática liberou a instalação das torres em qualquer lugar do Município, veremos a posição dos demais vereadores, se são pela prevenção da saúde dos caieirenses ou o preço político terá valido a pena.